terça-feira, agosto 18, 2009

quarta-feira, agosto 12, 2009

Férias



Vou de férias.

Vou para um sítio quente.

Muito quente e terrivelmente seco.

Um sítio onde as minhas caipirinhas são uns deprimentes chás de menta, onde a sensualidade da mulher nativa, se existe, está de baixo de longos véus. Onde a paisagem corre as cores do vermelho forte do sol nascente ao amarelo das areias do deserto, passando pelos castanhos escuros e claros da terra seca, ponteados por pequenas bolas verdes acinzentadas das oliveiras. Não há o verde da clorofila estonteante de outras paragens. Só poeira seca. Muito fininha.

Vou de férias para um sítio onde se come, diz-se, uma maravilhosa carne de borrego. Só não entendo se a carne é assim tão boa porque raios a temperam com tantas especiarias e condimentos, que fazem a melhor carne de vaca ter sabor igual à carne de ouriço-cacheiro. Vou para um sítio onde as melancias são fartas e doces como nunca se viu. Mais ou menos como as daqui. Vou para um sítio de música deprimente, tocada com instrumentos estranhos e sons monótonos. Vou para um sítio onde nunca chove, onde sol queima a pele de tal forma que ninguém se atreve a mostrá-la.

Vou de férias e estas são as minhas expectativas.

Pode ser que na volta leia isto e perceba que estava redondamente enganado.

Pode ser...

sexta-feira, agosto 07, 2009

São duas semanas e já vou a meio

Tenho tudo para mim. Sou dono do meu mundo e gosto de me sentir assim.

Um dia

Ela partiu e ele nunca chegou a ver o desenho nela. Por isso gostou de se sentir assim, levado no corpo dela. Haverá um dia em que a vai poder ver, em que a vai poder tocar… Um dia…

Marcas

Já tinha feito um piercing no umbigo. Nessa altura levou consigo um moço porque o queria marcado no corpo e porque precisava de uma mão amiga por perto. E o moço, vidrado em inocência ou se calhar apanhado por um rasgo de coragem e atrevimento, impulsionado pela surpresa, foi.

Mas porque a coisa tinha que ser mesmo marcadamente pessoal, fê-lo prometer que quando pudesse, colocaria um piercing escolhido por ele.

No dia marcado, à hora combinada, encontraram-se no estúdio, mas ela tinha mais uma surpresa. Não iam ficar pela escolha de um simples acessório removível. Ela queria que ele escolhesse um desenho para tatuar o corpo. Definitivo. Deixou-o escolher o desenho, mas não o pedaço do corpo dela. O pedaço que sabia que ele queria. Ele escolheu então um desenho que gostou, que era mesmo a sua cara e que ela também gostou.

Num formigueiro de uma hora o desenho estava na pele. Ficou a memória escrita no corpo. No corpo de uma mulher. Há um homem tatuado num sítio escondido de uma mulher.

quarta-feira, agosto 05, 2009

Está mesmo muito calor por aqui…

Hoje apetecia-me mesmo…

Vá-se lá entender os gostos e os desejos dos homens em relação a mulheres. Em determinados momentos, até eu me espanto com os meus gostos ("apetites").

Está mesmo muito calor por aqui…

sábado, agosto 01, 2009

[...]

A vida corre...
Ela nunca disse o que queria. Ele nunca perguntou.
Ele nunca disse o que queria e ela também nunca perguntou.
Talvez não tenham sido feitos um para o outro...

Dúvidas existênciais

Serei assim tão desinteressante? Sei que não sou uma pessoa cativante, pelo menos numa análise superficial, mas será que perco assim tanto p...