quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Deixei a minha casa

“Decidi focar-me a 100% na relação e para isso, cometi a mais corajosa e arriscada decisão. Deixei o meu apartamento e mudei-me de “armas e bagagens” para casa dela.”

Se me tivessem perguntado há uns meses atrás, se alguma vez tomaria uma decisão destas, diria imediatamente que não, mas o facto é que, há dois meses atrás tomei. Porquê? Não sei bem…

De todas as casas em que vivi, de todos os locais em que morei, o meu pequeno t1, naquele 8º andar, foi sem dúvida o local onde me senti melhor. Foi a casa, onde fui mais eu. Completamente EU.

Depois de 15 anos de casamento e do divórcio, aos quarenta e poucos anos, descobri o sítio onde me sentia verdadeiramente em paz comigo e com a vida. Uma pequena casa com os meus confortos, as minhas memórias nas prateleiras e nas paredes, sol e uma vista bonita e desafogada a nascente. Noites estreladas, luares mágicos, alvoradas relaxantes, fins de tarde inspiradores, trovoadas dramáticas, enfim,… Uma varanda de pura magia.

Mas então porquê?? Porque deixei tudo isto?

Talvez porque naquela casa só cabia eu. Eu sozinho. E porque entre as fases em que achava que devia viver sozinho para sempre e as fazes em que achava que tinha que encontrar alguém, esta última foi quase sempre mais forte. 

Mas poderia manter a casa na mesma, não morando lá em permanência, não podia? Não, não podia. Nas duas mais longas relações que tive nestes 7 anos, a casa foi quase sempre como uma terceira pessoa na relação. E as relações são para ser só a dois. Por isso percebi que um dos factores de destabilização das minhas relações era a casa. E por isso arrisquei. Espero não me arrepender. Espero que tenha valido a pena.

No fundo, eu só quero ser feliz.

A ver



Malena - Ennio Morricone

Não sei como é que nunca vi este filme,...
Fotografia, música, argumento,... Tudo muito bom.

quinta-feira, fevereiro 14, 2019

Promessa de Ano Novo

Já está! Uma das promessas de ano novo está cumprida! Ou melhor, está iniciada!
No dia 1 de Fevereiro voltei ao ginásio!

Perto dos 50 anos, nunca me tinha sentido tão pesado e tão “amorfo”. Já nem sequer caminhadas fazia, e já nem sequer tinha a quinta, que durante muitos anos me serviu de pseudo-ginásio, portanto, o resultado estava a aproximar-se do catastrófico. Agora só tenho que manter a promessa, mas o primeiro passo está dado. E querem saber? Não está a custar assim tanto.

Gosto do ambiente, gosto de ver gente e principalmente, gosto de sentir o bem que me faz, ao corpo e à mente.

E apesar de não ser o mesmo ginásio de há dez anos atrás, nem sequer na mesma cidade, dá para fazer algumas comparações. Então vamos lá!

Primeiro, eu tenho mais 10 anos em cima. A maior parte das moças e moços continuam a ter vinte e poucos.

Segundo, sou uma pessoa com um bocadinho mais de autoconfiança e menos preocupado comigo próprio e com o que os outros pensam de mim.

Terceiro, noto (não que ande à procura, mas só porque não dá mesmo para não notar) que há mais moças a treinar,… como é que hei-de dizer,…  a trabalhar uma parte do corpo em particular: os glúteos. E sabem uma coisa? As que o fazem, adoram mostrar os resultados. Usam umas leggins incrivelmente justas!!

Ahhh, como podem ser refrescantes e bonitos alguns momentos desta vida!... :)

De resto e de igual, só isto: 

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Então, cá estamos nós,...

Tenho escrito tão pouco que nem o essencial fica registado. E talvez nem fosse necessário. Este blogue não começou como um diário, nem nunca o foi, mas de tempos a tempos, sempre acabei por ir revelando um pouco do meu dia-a-dia. Na primeira pessoa ou por interposta personagem, estão por aqui, os mais importantes marcos da minha vida, dos últimos anos.

Escrevi um texto em Setembro, com o título “voltei a casa”.  Mas depois disso, tanto se passou,.. Um mês depois dava já um sinal e umas semanas depois,... voltei. 

Tive tempo para “explodir”, libertar a tensão reprimida, relaxar e claro, por fim deprimir, e quando deprimi, talvez tenha percebido o que na realidade, seria importante na minha vida. Tive finalmente as minhas tão desejadas certezas e tentei a aproximação. Resultou (até hoje, porque de mim, nada é muito definitivo). 

Decidi focar-me a 100% na relação e para isso, cometi a mais corajosa e arriscada decisão. Deixei o meu apartamento e mudei-me de “armas e bagagens” para casa dela. Comecei a mentalizar-me e a pensar em modo “para sempre”,  aceitando que isso não seria a vida a acabar mas sim, a vida a amadurecer (voltarei a falar sobre isto porque acho interessante).

Então agora cá estou, sem saber muito bem como estou, nem se fiz o melhor que devia, mas estou, e se aqui venho escrever é sinal que estou mesmo. :)

Dúvidas existênciais

Serei assim tão desinteressante? Sei que não sou uma pessoa cativante, pelo menos numa análise superficial, mas será que perco assim tanto p...