Sou uma
daquelas pessoas que tem imensa dificuldade em dizer “não”. Sei que é um
defeito mas vivo com ele. Estou sempre a dizer que vou mudar, que vou ser mais
firme, mesmo que isso magoe, desiluda ou aborreça alguém, mas o certo, é que
acabo quase sempre atormentado por não o conseguir dizer.
O que me
está a acontecer agora é uma dessas situações, de contornos muito pessoais e de
consequências sérias, já que mexe com sentimentos de duas pessoas de quem gosto
e que não queria nada magoar. No entanto sinto que quanto mais prolongo a
situação, mais a complico.
Nesta minha
doença, no período de fragilidade, primeiro enquanto estive em casa e depois
enquanto estive no hospital, tive o apoio muito grande de duas mulheres.
A primeira,
uma moça que tem andado no meu encalce. Tem feito de tudo para me agradar e
para estar presente na minha vida. A minha doença, principalmente durante o período
em que estive sozinho em casa, foi uma boa oportunidade para ela, e eu não pude
recusar o seu apoio, que ainda hoje agradeço.
A segunda, a
minha ex-namorada, que quando fui internado, me pediu para me visitar. E veio
uma vez, e no dia a seguir e no dia seguinte, e no outro. Agora que estou em casa tem
feito questão de me apoiar nas coisas básicas, todos os dias. E todos os dias,
a outra moça quer saber como estou e faz questão de me ver também.
Por muito
estranho que pareça, nenhuma delas é da minha cidade e mais estranho ainda, são
da mesma cidade… Pedem-me para me vir ver, trazem comida feita para o “doentinho”
e mais uns mimos e esperam… esperam por aquilo que eu não posso dar.
Se com uma
delas não quero partilhar nada mais do que uma boa amizade, com a outra tenho
muitas dúvidas que duas experiências, que não resultaram, possam agora
transformar-se numa relação de sucesso.
Assim sendo,
custe muito ou pouco, vou ter de dizer uns “nãos” , quanto mais não seja por
respeito a essas duas pessoas, certo?
Certo. E há nãos que têm que ser ditos o quanto antes.
ResponderEliminarCerto!
ResponderEliminarVocê sabe o que fazer. Infelizmente alguém sai machucado mesmo. Por isso, faça!
Pode ser que à 3ª experiência funcione...
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