Pois é,… A promessa ainda vale.
Não voltei a pedir amizade a desconhecidas nas "redes virtuais" e por alguma
razão (talvez simples coincidência), também nenhuma rapariga desconhecida me
voltou a pedir amizade também.
À minha volta têm andado duas ou três raparigas, a quem não
tenho dado a mínima “bola”, mas que, apesar de tudo, continuam a insistir.
Portanto, tudo isto significa que tenho andado por aí,
sozinho. Muito sozinho. Sentidamente sozinho.
A minha vida não tem aquela adrenalina que tinha, mas
também, pelo menos, não ando metido em confusões. Não me magoo, nem magoo
ninguém.
Apostei que ia esperar pela paixão, pelo encantamento e pelo
amor. Tudo junto ou uma destas coisas de cada vez, mas não está fácil. Quem me
conhece, talvez ache que não seria difícil. Não sou feio (à quem diga que até
sou jeitosito), estou livre, tenho um trabalho relativamente seguro e não tenho
filhos, e por isso nem sequer tenho ex-mulher “à perna”. Mas o facto é que não
acontece. Nada acontece.
O meu trabalho não ajuda muito. Não me socializa muito. Estou todo o dia enfiado
numa pequena aldeia onde só moram velhotes (as aldeias do interior de Portugal, definham aos poucos) e quando volto à cidade vou cansado e só quero tomar banho
e sossegar. Mas mesmo que quisesse sair, não teria com quem. Isto é, até tinha,
mas era com moças e com moças não é fácil conhecer outras moças. Depois, em
terras pequenas se somos vistos com uma pessoa, é porque há caso e se há caso,
o pessoal afasta-se. Não tenho amigos homens, ou pelo menos daqueles a quem se
telefona para sair, ou que sabemos sempre onde estão e dá para ir ter com eles.
Enfim, coisa
complicada, não? Vou tentando adaptar-me.