O vento vai me levando nesta minha nuvem que eu tento manobrar. Daqui vejo o mundo e o que me marca escrevo, por sentir que apenas a escrita, ouve e compreende os meus desabafos. Mas nem tudo o que vejo é real. Muitas vezes são apenas delírios da imaginação ou simplesmente, sonhos.
terça-feira, julho 24, 2007
Aproximação
- (riso envergonhado)
- Porque não falas comigo? Porque é que não me ensinas tudo o que sabes?
- Não posso. Não sou capaz de me aproximar mais. Sinto uma força que não tenho a certeza de ser capaz de controlar. Mantenho-me à distância. Sabes que não posso,… não devo, … não quero. Tenho a certeza que não quero magoar as pessoas de quem gosto. Não tenho a certeza se consigo aproximar-me e resistir.
- Eu sempre achei que não simpatizavas muito comigo. Embora tivesses atitudes contraditórias, mas sabes, sou um pessimista. Espero sempre o pior.
- Eu fujo…
- Pelo menos escreve. Escreve que eu leio. À distância. Escreve num blog. Escrevemos os dois. Como se fossemos dois estranhos. Um de cada lado do mundo, com pseudónimos românticos, personagens de um livro de um amor impossível. Pode ser?
- Não sei. Não deixa de ser uma aproximação e por mais que digas que estás longe, estamos sempre perto. Tenho medo. Quero muito, mas não posso.
...
segunda-feira, julho 23, 2007
Bug II
domingo, julho 15, 2007
Bug
Se Deus fez o ser humano e toda a natureza de uma forma incrivelmente perfeita, em que todos os elementos do nosso corpo têm a sua função perfeitamente definida e lógica. Se Deus determinou que o homem e a mulher devem ser monogâmicos, porque razão não se terá lembrado de criar uma hormona que actuasse como inibidora do interesse do homem por outra mulher, a partir do momento, em que assume um compromisso amoroso?
É uma verdadeira tortura, para um homem que aceitou e quer ser fiel à sua mulher, não poder espalhar todo o seu amor, já não digo, por todas as mulheres que ele desejasse, mas pelo menos, por todas aquelas que o desejassem.
Considero esta problemática um gravíssimo “bug” na criação humana (ou então não deveríamos ser monogâmicos e andamos, quase todos, redondamente enganados).
Fiz esta reflexão quando, ontem na praia, durante um passeio à beira-mar, com a minha mulher, segui totalmente hipnotizado, durante alguns segundos (minutos? Perdi a noção do tempo), um extraordinário exemplar feminino, com um dos rabinhos mais perfeitos que tenho visto (também não tenho visto muitos, diga-se em abono da verdade). De tal forma tentador que penso que até a minha mulher, se pudesse, não deixaria de lhe dar um amochozito. Pelo menos não ficou nada preocupada quando lhe pedi para assumir a direcção do percurso porque eu, hipnotizado como estava, não seria capaz de me desviar da rota seguida por tal obra-prima da natureza. Perguntou-me apenas se o dela era parecido.
Adiante, não deve ser necessário descrever a cena, já todos deverão ter visto um homem numa dessas situações. Perfeita cara de parvo.
Enfim, era a tal hormona inibidora e passaríamos a olhar para uma mulher bonita como quem olha para uma paisagem bonita. Está lá, é bonita, mas não precisamos desesperadamente tocá-la.
quinta-feira, julho 12, 2007
e porque não?
Estava na idade,
Finalmente tinha namorada,
Ela queria;
E ele…
...Ele achou piada à brincadeira,
Brincar aos crescidos,
Brincar às casinhas...
E porque não?
Arrefecimento global
E agora?
Escrevo sobre quê?
Onde param aquelas noites quentes?...
Muito quentes...
A escaldar...
Onde pára o aquecimento global?
terça-feira, julho 10, 2007
Férias 2007 - plano B
Embora ainda não saiba qual é o plano A, este é o meu plano B. Do plano A só sei qual é a companhia. Acerca do destino nada sei, por isso estou a preparar muito seriamente o meu plano B. A mala carregada de comida, uma tenda para as emergências e aí vamos nós Europa fora. Com o percurso mais ou menos delineado, sem nada marcado, dormimos onde calha e quantas noites nos der na telha. Se gostamos ficamos se não pomo-nos a andar. Já conheci a Itália assim, de norte a sul e correu muito bem. Aliás, foram das melhores férias da minha vida. (Ainda não tinha ido ao Brasil. :-))
sexta-feira, julho 06, 2007
quarta-feira, julho 04, 2007
...
1º - A mulher é uma autêntica fada do lar, excelente cozinheira, enche o marido de mimos culinários e não só, mantêm a casa num brinco (chega a mudar lâmpadas e a pendurar quadros), sempre com muito prazer e alegria. Nunca reclama.
2º - A mulher tem dinheiro que nunca mais acaba permitindo ao homem uma vida desafogada e sem muito trabalho.
3º - A mulher é sexualmente destravada, uma verdadeira “sexbomb” e isso compensa tudo o resto.
4º - Nenhuma das anteriores hipóteses é verdadeira mas o homem simplesmente apaixonou-se e isso não se explica, acontece.
Já agora, será muito importante haver um equilíbrio estético num casal? Equilíbrio intelectual tenho a certeza que sim, estético não sei.
segunda-feira, julho 02, 2007
Vertigem
Está distante porque não entendo como se faz a abordagem a uma mulher casada (comprometida). Se a uma mulher solteira também nunca percebi muito bem, menos ainda a uma casada.
Vá, se calhar até percebo.
As coisas acontecem, não é?
A intimidade vai crescendo.
De repente sente-se uma atracção a ir e a vir.
Cruzam-se os olhos e por um momento, pousam um no outro.
Soltam-se sorrisos nervosos e se estão perto, muito perto, pode acontecer.
Respiram-se.
O coração bate depressa e chega-se a um ponto sem retorno.
Perde-se a noção do espaço, do tempo e do perigo.
Agora já não procuram nada.
Já não há racionalidade.
Deixaram-se envolver pelo jogo de sedução porque pensavam poder parar quando quisessem.
Era um passatempo.
Não pararam.
Não porque não quisessem mas porque não conseguiram.
Despediram-se dezenas de vezes.
A última despedida foi a do casamento e dos filhos.
Juntaram os cacos e quando entraram na rotina tiveram a estranha sensação de já terem vivido aquela vida.
Vazio
Ás vezes acordamos tristes e nem sabemos bem porquê. Uma melancolia, um vazio,.. Terá sido alguma coisa dos sonhos? Ou pior, será algo que e...
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Quem dera pudéssemos parar o nosso filme nos momentos bons e ficar lá para sempre…
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A minha casa agora tem um toldo na varanda, a fazer lembrar as barracas da Praia de Mira, onde passei férias durante a minha infância e ...
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...por isso perco tanta coisa. Talvez pense demais...