sexta-feira, janeiro 23, 2015

Os dias que passam

Desde que tenho estado sozinho, há cerca de 8 meses, envolvi-me fisicamente com três mulheres. Todas elas me apanharam vulnerável e eu acabei por ceder. Não procurei ninguém mas as coisas aconteceram. Como já aqui disse antes, tenho muita dificuldade em dizer não.

E nos três casos eu sabia, à partida, que não existia nada mais do que atracção física e que portanto, seriam todos casos passageiros. Passageiros até que o “não” chegasse e saísse.
   
O que nos três casos é curioso e para mim, surpreendente, é que, quando se começaram a aperceber do não eminente, todas me propuseram uma relação apenas física, sem compromissos morais nem temporais. Uma amizade colorida.

E o mais surpreendente para mim, é que como homem, sempre me considerei muito melhor como companhia do que como amante. Será que tenho estado enganado todo este tempo?

Mas o facto é que, em nenhum dos casos, assim que voltei a mim, quando percebi que era uma relação sem futuro, acabei por recusar diplomaticamente as propostas e terminar com os casos ocasionais. E porquê, se um aconchego de vez em quando sabe tão bem?


Porque não ando à procura de sexo pelo sexo. Quero mais, quero muito mais. Quero companhia, quero cumplicidade, quero paixão, quero sentir falta, quero amar. E quando o dia chegar, quero estar atento para encontrar e livre para me entregar, em pleno.

terça-feira, janeiro 20, 2015

92

Esta Minnie tira-me do sério. Mesmo de dedo levantado,... ou se calhar é por isso mesmo. :)

Roubei-a daqui: http://porqueumdia.blogspot.pt/

E agora? Como vivo eu sem carta de condução?

Durante a semana, começo logo com uma vantagem. Acordo uma hora mais tarde. Existiu há bastante tempo, uma ordem da Direção, para que os técnicos daqui do “tasco” (eu e o meu colega), um de cada vez, começássemos a entrar às 8 horas, para controlar a entrada ao serviço, do pessoal de campo. Eu cumpri a ordem, o meu colega nem por isso. Não sei se a Direção já se esqueceu da ordem, mas eu continuava a estar no por aqui às 7:45. Agora, à boleia com o meu colega, chego entre as 9 e as 9 e meia. É bom.

Entretanto, como tive tempo para me preparar, arranjei uma mochila onde levo as coisas que é costume levar no porta-luvas do carro. Óculos escuros, luvas, chaves daqui e dacolá, sacos de compras, canetas, pen-drives, papelada diversa e um mini guarda-chuva, que já me deu muito jeito um destes dias.

Saio, então de casa, de mochila às costas e ando um bocadito a pé, o suficiente para facilitar a vida à minha boleia. Depois, já no “tasco”, não há grande problema. Estamos numa fase do ano tranquila e há sempre alguém para me conduzir sempre que preciso de ir a algum lado (nem que seja a mulher da limpeza). Ao almoço, vou com o meu colega, mas isso já fazia antes, uma vez um, uma vez o outro.
No regresso à cidade, há uma pequena diferença. Eu que entrava sempre a horas, saía do “tasco”, cumprindo os mesmos padrões de pontualidade. Já o meu colega, perde um bocado a noção das horas e a maior parte dos dias saímos já perto das 5 e meia.

Por estranho que possa parecer, sabe-me bem andar a pé pela cidade. Vejo gente, encontro pessoas conhecidas, com quem troco algumas palavras e faz me bem apanhar este friozinho na cara. Assim, dou por mim a arranjar motivos para pedir à minha boleia para me deixar no meio da cidade e depois, aí vou eu, de mochila às costas, às compras ou fazer outra coisa qualquer e sigo caminho, feliz da vida para casa.

Em casa pouco muda, claro, mas há algumas exceções, como na semana passada, que tive que ir à noite a um velório. Não me dei sequer ao trabalho de procurar boleia. Fui a pé. Vinte minutos para lá e vinte minutos para cá. Não custou nada e até cheguei a casa revigorado pelo frio e pela caminhada. Hoje, quero ir ver um concerto ao Cine-Teatro e farei mais ou menos o mesmo trajeto. Eu gosto de andar a pé e sem calor até me sabe bem. Enrijece os ossos.

Quanto aos fins-de-semana, ainda só tive um e foi um pouco à experiencia. Fui, como costumo ir aos sábados, almoçar ao fórum. No entanto, achei a caminhada grande para um almoço banal. Amanhã logo vejo se repito a dose ou não. (Repeti. Apeteceu-me ver gente. Mas para compensar a caminhada vinguei-me numa francesinha da Portugália).

De resto faço tudo o que me apetece, dentro dos limites razoáveis da cidade. Se me apetece vou ao Pingo Doce no centro. Não posso ir ao BricoMarché, ao MaxMat ou à Dechatlon, onde ia com alguma frequência, não sei fazer bem o quê, mas sei que sempre poupo alguns trocos com essa impossibilidade. Leio mais, vejo mais DVD’s de música e passo mais tempo na net.

Portanto, sem dramas. É apenas uma nova experiência na minha vida e não faço nada que muita gente, que não tem carro ou carta, faz uma vida inteira.

Em conclusão, até quase acho que a vida ficou mais animada e interessante. Tinha muito medo de sentir demasiado a falta de liberdade que um carro nos dá, de me sentir preso a casa e aos outros, mas não aconteceu. Até certo ponto, até me sinto mais livre e desprendido.

quinta-feira, janeiro 15, 2015

quinta-feira, janeiro 08, 2015

104

Não sei quem escreveu. Apanhei no Facebook.

quarta-feira, janeiro 07, 2015

106 longos dias

Ontem foi o dia em que fui entregar a minha carta de condução. Consequência desta minha asneira. Volto a vê-la, lá para dia 22 de Abril…

Apesar do todo o tempo que tive para me preparar, não consegui como gostava. Sinto-me privado de parte da minha liberdade e a minha liberdade é um dos meus valores primários.

Na cidade acho que me habituo com alguma facilidade e até vai ser engraçado, ou pelo menos diferente. Andar a pé, cruzar-me com este e aquele, falar um bocado, ver e conhecer pessoas, enfim, respirar um pouco de urbanidade, que tanta falta me faz, até pode vir a ser positivo e pode mesmo tornar-se num bom hábito.

A parte chata é a parte do trabalho. Não tenho transportes públicos para fazer a viagem de 25 km, e fico, por isso, totalmente dependente de boleias e dos seus horários, isto claro, para não falar dos transtornos que causo a quem tem que me ir levar e buscar a casa.

Mas uma coisa é certa. Quero cumprir o meu castigo tão depressa quanto possível, e livrar-me de vez, do ano de 2014, que não foi para mim um ano muito bom.

Let's do it!
Já só faltam 105 dias! :)

Vazio

Ás vezes acordamos tristes e nem sabemos bem porquê. Uma melancolia, um vazio,.. Terá sido alguma coisa dos sonhos? Ou pior, será algo que e...