Muitas das coisas que aqui escrevo, não são verdades absolutas. Escrevo muitas coisas reais, sentimentos verdadeiros e vontades autênticas e escrevo muito sobre sonhos, fantasias e devaneios. Às vezes misturo tudo no mesmo espaço, ao mesmo tempo. No entanto, mesmo aquilo que é verdade e sentido pode reflectir a verdade e o sentimento de um momento e não ser uma verdade absoluta e permanente, um desejo duradouro e
muito menos, uma completa certeza.
O vento vai me levando nesta minha nuvem que eu tento manobrar. Daqui vejo o mundo e o que me marca escrevo, por sentir que apenas a escrita, ouve e compreende os meus desabafos. Mas nem tudo o que vejo é real. Muitas vezes são apenas delírios da imaginação ou simplesmente, sonhos.
terça-feira, setembro 06, 2016
Aquilo que sou
Durante muito tempo quis ser diferente daquilo que era.
Queria ser igual aos outros. E bem que tentei, mas para além de nunca o
conseguir ser, também nunca, nessa altura, consegui ser feliz comigo mesmo. A
única coisa que consegui foi, quase sempre, um sentimento de frustração e uma enorme
infelicidade.
Até que um dia decidi que não me importaria com mais ninguém
e que seria aquilo que teria de ser. Naturalmente eu. Sem filtros, sem
máscaras.
Claro que não foi assim que fiquei igual aos outros, nem
sequer parecido, mas fiquei eu próprio e isso deu-me uma tranquilidade imensa.
Posso não ser totalmente feliz, mas não sofro com o sentimento de frustração de
não conseguir ser aquilo que não sou.
Hoje em dia sei que me basto a mim mesmo. Não preciso da
aprovação de ninguém para viver. É claro que todos ambicionamos alguma
admiração, todos sofremos um pouco de vaidade e todos queremos que gostem de
nós, mas acima de tudo é preciso gostarmos de nós próprios e eu gosto.
Quando alguém acha e me diz que eu tenho que mudar, por isto
ou por aquilo, porque acham que é melhor para mim ou porque acham que é melhor
para eles próprios eu respondo que estou bem assim como sou. E estou.
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