Quando voltei para ela, há quase
um ano, sabia para o que ia e o risco que corria. Abdiquei da paixão, da emoção
e até do amor para ter uma vida estável e tranquila, junto de uma família “perfeita”.
Achei que era tudo o que precisava e que tinha que me conformar com o resto.
Achei que um dia ia olhar para trás e ver que tinha tomado a decisão certa.
Mas não fui capaz de viver assim.
Faltou-me emoção, faltou-me ter o comando dos meus destinos, faltou-me a minha
cidade, faltou-me o meu “ninho”.
E meio sem querer, fui deixando
entrar aquilo que faltava na minha relação. Minha culpa. Minha fraqueza. Sempre
tentando convencer-me que o que fazia, fazia sem maldade e sem prejudicar ninguém.
Estava enganado.