O vento vai me levando nesta minha nuvem que eu tento manobrar. Daqui vejo o mundo e o que me marca escrevo, por sentir que apenas a escrita, ouve e compreende os meus desabafos. Mas nem tudo o que vejo é real. Muitas vezes são apenas delírios da imaginação ou simplesmente, sonhos.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Oi?
"Uma foca encontra uma abertura no gelo do Árctico, na ilha de Svalbard, a Norte da Noruega. Esta imagem valeu o segundo prémio ao fotógrafo Baard Ness na categoria Retratos de Animais da competição Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano, instituído pelo Museu Nacional de História britânico. Foto: Baard Ness/EPA" in publico.pt
sexta-feira, outubro 13, 2006
A minha Cidade
Quando vim estudar para a cidade onde hoje vivo, havia uma magia qualquer que me mantinha preso a ela. Sentia uma emoção muito grande pela cidade. Tinha vinte aninhos e estava pela primeira vez a viver sozinho e totalmente sob a minha responsabilidade. A magia que sentia no ar tinha também muito a ver com isso.
Adorei a escola, fiz amigos e passei 4 anos fantásticos. Quando acabei os estudos e voltei casa, não pensava noutra coisa se não arranjar cá trabalho e namorada. Arranjei a namorada primeiro. O trabalho veio dois anos mais tarde.
Casei e mantive a paixão pela cidade e pela região durante muito tempo! Não me apercebi quando a paixão passou, mas passou.
Ontem à noite, quando fui à varanda, parei um pouco respirando o mesmo o ar fresco, que me recebeu, faz agora 16 anos. Olhei para a rua deserta e de repente recordei a velha emoção que já não sentia, mas recordei.
Fiquei a pensar porque razão teria passado.
Pensei e cheguei à conclusão que a cidade tinha deixado de ser só minha. Durante todo aquele tempo tive a oportunidade de começar tudo de novo, de construir uma nova vida na qual o passado era apenas aquilo que eu queria recordar e mostrar, mas em poucos anos e sem saber muito bem como e porquê, todos os fantasmas de que tinha fugido estavam de novo aqui, ao pé de mim. Esta cidade já não era o meu refúgio, o meu esconderijo de uma adolescência difícil.
Percebi então porque se tinha quebrado a magia. Perdi a minha vida nova, construída com base em mim mesmo, e voltei a ser eu e o meu passado, mas numa terra diferente.
Adorei a escola, fiz amigos e passei 4 anos fantásticos. Quando acabei os estudos e voltei casa, não pensava noutra coisa se não arranjar cá trabalho e namorada. Arranjei a namorada primeiro. O trabalho veio dois anos mais tarde.
Casei e mantive a paixão pela cidade e pela região durante muito tempo! Não me apercebi quando a paixão passou, mas passou.
Ontem à noite, quando fui à varanda, parei um pouco respirando o mesmo o ar fresco, que me recebeu, faz agora 16 anos. Olhei para a rua deserta e de repente recordei a velha emoção que já não sentia, mas recordei.
Fiquei a pensar porque razão teria passado.
Pensei e cheguei à conclusão que a cidade tinha deixado de ser só minha. Durante todo aquele tempo tive a oportunidade de começar tudo de novo, de construir uma nova vida na qual o passado era apenas aquilo que eu queria recordar e mostrar, mas em poucos anos e sem saber muito bem como e porquê, todos os fantasmas de que tinha fugido estavam de novo aqui, ao pé de mim. Esta cidade já não era o meu refúgio, o meu esconderijo de uma adolescência difícil.
Percebi então porque se tinha quebrado a magia. Perdi a minha vida nova, construída com base em mim mesmo, e voltei a ser eu e o meu passado, mas numa terra diferente.
terça-feira, outubro 10, 2006
Neste caso é o melhor disfarce!
Fim de tarde, um ginecologista aguarda a sua última paciente que não
chega. Depois de 45 minutos, ele supõe que não virá mais, e resolve
tomar um gim tónico para relaxar antes de voltar para casa. Instala-se confortavelmente numa poltrona e começa a ler o jornal do dia,
quando toca a campainha. É a paciente que chega e, os olhos cheios de
lágrimas, pede desculpas pelo atraso.
- "Não tem importância, imagine..." - responde o médico.
- "Olhe, eu estava a tomar um gim tónico enquanto esperava. Quer um
também antes do exame?"
- "Aceito com prazer." - Responde a paciente, aliviada.
Ele serve-lhe um copo, senta-se na sua frente e começam a conversar.
De repente ouve-se um barulho de chave na porta do consultório.
O médico tem um sobressalto, levanta-se bruscamente e diz:
- "A minha mulher! Rápido, tire a roupa e abra as pernas!"
chega. Depois de 45 minutos, ele supõe que não virá mais, e resolve
tomar um gim tónico para relaxar antes de voltar para casa. Instala-se confortavelmente numa poltrona e começa a ler o jornal do dia,
quando toca a campainha. É a paciente que chega e, os olhos cheios de
lágrimas, pede desculpas pelo atraso.
- "Não tem importância, imagine..." - responde o médico.
- "Olhe, eu estava a tomar um gim tónico enquanto esperava. Quer um
também antes do exame?"
- "Aceito com prazer." - Responde a paciente, aliviada.
Ele serve-lhe um copo, senta-se na sua frente e começam a conversar.
De repente ouve-se um barulho de chave na porta do consultório.
O médico tem um sobressalto, levanta-se bruscamente e diz:
- "A minha mulher! Rápido, tire a roupa e abra as pernas!"
segunda-feira, outubro 09, 2006
Policromia Outonal
Foto: Paulo Vaz em http://www.trekearth.com
Tenho saudades das mini-férias que fazia no Outono, sempre de carro, sem nada marcado, sempre ao sabor da vontade no momento! Gosto destas cores, gosto da chuva miudinha, das castanhas e da jeropiga, gosto do anoitecer cedo! Na natureza nada é por acaso e tudo tem o seu tempo! Estou preparado para o Outono!
Em que dia da semana calham, este ano, os feriados de Novembro e Dezembro?
quinta-feira, outubro 05, 2006
quarta-feira, outubro 04, 2006
Dar e receber
Muitas vezes fico a pensar que, se por um estúpido acaso, ficasse outra vez solteiro, e tivesse, portanto, oportunidade de voltar a escolher uma mulher, e se fosse, para mim possível escolher, de uma forma fria, com a cabeça e não com o coração, como acaba sempre por acontecer, se escolheria uma mulher de um nível social mais baixo que o meu ou superior ao meu.
O que será melhor, ter o prazer de abrir o mundo a uma pessoa, mostrando novos lugares, músicas, livros, museus, oferecendo um estilo de vida completamente diferente ou, por outro lado, ter o gozo de poder desfrutar, eu mesmo, de um modo de vida mais preenchido?
Um dia, num simples passeio às Berlengas, dividimos o barco com um casalinho muito simpático. O rapaz ia calmíssimo, com cara de quem estava farto de fazer aquela ou outras viagens do género, no entanto a rapariga ia com uma alegria tão grande, uma excitação tão própria de uma criança em vésperas de Natal, que se via perfeitamente que tudo aquilo era novidade para ela. Fiquei emocionado com a situação.
Acho que percebem qual a minha resposta, não é? Para mim é uma grande alegria poder dar a quem sabe receber.
O que será melhor, ter o prazer de abrir o mundo a uma pessoa, mostrando novos lugares, músicas, livros, museus, oferecendo um estilo de vida completamente diferente ou, por outro lado, ter o gozo de poder desfrutar, eu mesmo, de um modo de vida mais preenchido?
Um dia, num simples passeio às Berlengas, dividimos o barco com um casalinho muito simpático. O rapaz ia calmíssimo, com cara de quem estava farto de fazer aquela ou outras viagens do género, no entanto a rapariga ia com uma alegria tão grande, uma excitação tão própria de uma criança em vésperas de Natal, que se via perfeitamente que tudo aquilo era novidade para ela. Fiquei emocionado com a situação.
Acho que percebem qual a minha resposta, não é? Para mim é uma grande alegria poder dar a quem sabe receber.
terça-feira, outubro 03, 2006
Nem sei o que diga...
Queria escrever sobre uma coisa mas não consigo. Fiquei de tal maneira perturbado que nem me sai nada. E nem sequer sei se o que me disseram é verdade, mas só o facto de pensar nisso me deixa desorientado! Ainda por cima depois de ter escrito o que escrevi no post anterior! No título escrevi “Ficção Filosófica” mas se calhar eu é que vivo na ficção e não sabia!
Por agora fico por aqui!!! E não, não estou escandalizado, antes pelo contrário, respeito imenso e tenho enorme admiração por quem tem coragem de fazer aquilo que quer e que por isso é capaz de arriscar enfrentar uma carrada de estúpidos e medievais preconceitos!
PS. Lembrei-me agora, não houve em toda a história época tão castradora, época em que a civilização se desenvolvesse tão pouco, acho até que andou uns séculos para trás, como a Idade Média. Mas isso será um dia outro post, dedicado à Igreja.
Por agora fico por aqui!!! E não, não estou escandalizado, antes pelo contrário, respeito imenso e tenho enorme admiração por quem tem coragem de fazer aquilo que quer e que por isso é capaz de arriscar enfrentar uma carrada de estúpidos e medievais preconceitos!
PS. Lembrei-me agora, não houve em toda a história época tão castradora, época em que a civilização se desenvolvesse tão pouco, acho até que andou uns séculos para trás, como a Idade Média. Mas isso será um dia outro post, dedicado à Igreja.
segunda-feira, outubro 02, 2006
Ficção Filosófica
Seria melhor ou pior a vida se, de repente se esfumassem todos os preconceitos e limitações impostas pela sociedade e pelas religiões castradoras? Se de repente o único limite para duas ou mais pessoas independentemente do sexo se relacionarem como forma de obter prazer e bem-estar fosse apenas a vontade dessas pessoas? Se tudo isso fosse normal e ninguém se sentisse observado e discriminado por isso?
Passaria a vida a ser uma grande orgia? Conseguiríamos manter as nossas vidas equilibradas? Conseguiríamos manter todos os outros valores morais ou seriam engolidos por essa enorme orgia?
Seria o Mundo um lugar melhor?
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Dúvidas existênciais
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