Quando vim estudar para a cidade onde hoje vivo, havia uma magia qualquer que me mantinha preso a ela. Sentia uma emoção muito grande pela cidade. Tinha vinte aninhos e estava pela primeira vez a viver sozinho e totalmente sob a minha responsabilidade. A magia que sentia no ar tinha também muito a ver com isso.
Adorei a escola, fiz amigos e passei 4 anos fantásticos. Quando acabei os estudos e voltei casa, não pensava noutra coisa se não arranjar cá trabalho e namorada. Arranjei a namorada primeiro. O trabalho veio dois anos mais tarde.
Casei e mantive a paixão pela cidade e pela região durante muito tempo! Não me apercebi quando a paixão passou, mas passou.
Ontem à noite, quando fui à varanda, parei um pouco respirando o mesmo o ar fresco, que me recebeu, faz agora 16 anos. Olhei para a rua deserta e de repente recordei a velha emoção que já não sentia, mas recordei.
Fiquei a pensar porque razão teria passado.
Pensei e cheguei à conclusão que a cidade tinha deixado de ser só minha. Durante todo aquele tempo tive a oportunidade de começar tudo de novo, de construir uma nova vida na qual o passado era apenas aquilo que eu queria recordar e mostrar, mas em poucos anos e sem saber muito bem como e porquê, todos os fantasmas de que tinha fugido estavam de novo aqui, ao pé de mim. Esta cidade já não era o meu refúgio, o meu esconderijo de uma adolescência difícil.
Percebi então porque se tinha quebrado a magia. Perdi a minha vida nova, construída com base em mim mesmo, e voltei a ser eu e o meu passado, mas numa terra diferente.
Adorei a escola, fiz amigos e passei 4 anos fantásticos. Quando acabei os estudos e voltei casa, não pensava noutra coisa se não arranjar cá trabalho e namorada. Arranjei a namorada primeiro. O trabalho veio dois anos mais tarde.
Casei e mantive a paixão pela cidade e pela região durante muito tempo! Não me apercebi quando a paixão passou, mas passou.
Ontem à noite, quando fui à varanda, parei um pouco respirando o mesmo o ar fresco, que me recebeu, faz agora 16 anos. Olhei para a rua deserta e de repente recordei a velha emoção que já não sentia, mas recordei.
Fiquei a pensar porque razão teria passado.
Pensei e cheguei à conclusão que a cidade tinha deixado de ser só minha. Durante todo aquele tempo tive a oportunidade de começar tudo de novo, de construir uma nova vida na qual o passado era apenas aquilo que eu queria recordar e mostrar, mas em poucos anos e sem saber muito bem como e porquê, todos os fantasmas de que tinha fugido estavam de novo aqui, ao pé de mim. Esta cidade já não era o meu refúgio, o meu esconderijo de uma adolescência difícil.
Percebi então porque se tinha quebrado a magia. Perdi a minha vida nova, construída com base em mim mesmo, e voltei a ser eu e o meu passado, mas numa terra diferente.
Cidades que ficam para sempre na nossa memoria, já passei por isso e ainda estou a pensar e sou incapaz de viver sem estas cidades todas em que o meu corpo e alma já pertenceram.
ResponderEliminarParace que hoje vai chover :)
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