O vento vai me levando nesta minha nuvem que eu tento manobrar. Daqui vejo o mundo e o que me marca escrevo, por sentir que apenas a escrita, ouve e compreende os meus desabafos. Mas nem tudo o que vejo é real. Muitas vezes são apenas delírios da imaginação ou simplesmente, sonhos.
segunda-feira, março 29, 2010
sexta-feira, março 26, 2010
Perdidos III
Ela apareceu na sua vida, vinda não se sabe muito bem de onde, nem porquê. Mas o certo é que ele a esperava. E assim que ela apareceu recebeu-a de braços abertos.
Mas ela tão depressa apareceu como se esfumou. O que ela queria ele não lhe pôde dar e o que ele queria ela não tinha para dar. Mesmo assim aproveitou tanto quanto pôde e ela fez o mesmo. Não se arrependeu, dela nunca soube…
Ele apenas queria uma amizade simples. Talvez não tão simples…
Procurava uma amiga. Talvez um pouco mais que isso (razão pela qual só podia mesmo ser amiga e não amigo). Alguém que se sentisse tão só e tão perdido no mundo como ele próprio. Alguém com quem tivesse prazer em conversar. Falar e ouvir. Rir e se calhar chorar. Alguém em que o contacto físico fosse possível. Um abraço, uma mão dada, um silêncio cúmplice, um beijo,… apenas porque estavam tão próximos. Alguém que partilhasse os seus medos, angustias, gostos e alegrias.
Mas ela tão depressa apareceu como se esfumou e ele continuou a sentir falta…
Mas ela tão depressa apareceu como se esfumou. O que ela queria ele não lhe pôde dar e o que ele queria ela não tinha para dar. Mesmo assim aproveitou tanto quanto pôde e ela fez o mesmo. Não se arrependeu, dela nunca soube…
Ele apenas queria uma amizade simples. Talvez não tão simples…
Procurava uma amiga. Talvez um pouco mais que isso (razão pela qual só podia mesmo ser amiga e não amigo). Alguém que se sentisse tão só e tão perdido no mundo como ele próprio. Alguém com quem tivesse prazer em conversar. Falar e ouvir. Rir e se calhar chorar. Alguém em que o contacto físico fosse possível. Um abraço, uma mão dada, um silêncio cúmplice, um beijo,… apenas porque estavam tão próximos. Alguém que partilhasse os seus medos, angustias, gostos e alegrias.
Mas ela tão depressa apareceu como se esfumou e ele continuou a sentir falta…
Perdidos II
O filme, “Lost in Translation”, de certa forma, representa a tal amizade de duas pessoas sós e perdidas numa cidade distante e diferente, mas que resistem, numa espécie de limbo, a avançar para algo mais que a amizade e isso, tem para mim um valor e uma beleza incríveis.
Perdidos I
Bob is An Actor
Bob is Lost
Bob Doesn't Speak The Language
Fortunately For Bob
Friendship Needs No Translation
Sometimes You Have To Go
Halfway Araound The World
To Come Full Circle
Lost in Translation
Este podia ser o meu filme...
E esta podia se a minha banda sonora.
segunda-feira, março 22, 2010
O meu primeiro CD
Este foi, depois do vinil, o primeiro CD que comprei. Nem sequer tinha leitor de CD's, mas este eu sabia que tinha que fazer parte da minha colecção. E foi caro. Tive que juntar uns tostões. Na altura a vida, pelo menos para mim, era bem mais difícil do que é hoje. Portanto este é meu CD n.º1. Para além da sua qualidade própria (discutível, claro), tem valor sentimental. Hoje tenho outra preferências, mas este CD é um marco.
Estes "New Order" foram os principais precursores da música electrónica. Aparecem em 1980, a partir de um grupo punk, os "Joy Division", após o suicídio do seu vocalista, Ian Curtis.
Apesar da electrónica, de que não sou muito fã (aliás, cada vez menos), têm um som algo distorcido, muito característico, de que gosto muito e que me faz reconhecer sempre as suas músicas.
sexta-feira, março 19, 2010
quarta-feira, março 17, 2010
Amizades
Eu até já era fã no facebook desta moça, cujo concerto descrevi aqui. Agora o que eu nunca poderia esperar era que no mesmo facebook ela me convidasse para seu amigo. Passei de fã a amigo e foi ela que me convidou!!! Dizia lá: "Sara Serpa adicionou-te como amigo no facebook. Precisamos que confirmes que conheces Sara para que sejam amigos no Facebook". Está muito claro e claro, como ela me deu um autógrafo no CD que lhe comprei pessoalmente, somos conhecidos. Por isso a aceitei.
Grande pinta! Fiquei mesmo contente, mesmo sabendo depois, que fui convidado juntamente com mais umas 40 pessoas, but who cares?. A vida é demasiado curta para levarmos tudo muito a sério e sonhar é bom e faz bem à saúde. :)
sexta-feira, março 12, 2010
Diálogos de uma Sexta-feira
Conversa de hoje com a moça dos extintores:
Moça - Volto para o ano se ainda cá estiver.
Eu – Então, vai mudar de emprego?
Moça – Estou farta disto. Muitas horas de carro, chego sempre tarde a casa e com dores de cabeça. O meu marido queixa-se. Até diz que eu tenho “amigos” por aqui. Se ele viesse comigo logo via o que custa…
Eu – Pois, isso assim é chato. Trabalho difícil…
A conversa que eu DEVIA ter tido com a moça dos extintores (que por acaso, se quisesse arranjar “amigos”, até nem teria problemas nenhuns).
Moça - Volto para o ano se ainda cá estiver.
Eu – Então, vai mudar de emprego?
Moça – Estou farta disto. Muitas horas de carro, chego sempre tarde a casa e com dores de cabeça. O meu marido queixa-se. Até diz que eu tenho “amigos” por aqui. Se ele viesse comigo logo via o que custa…
Eu – Pois, isso assim é chato. Trabalho difícil… Olhe, se eu fosse seu marido resolvia o problema assim: quando chegasse a casa, preparava-lhe um banho quentinho, acendia umas velinhas na banheira. Deixava-a repousar um bocado e depois, no quarto quentinho, fazia-lhe uma massagem, que não sei como se faz mas imagino, (tenho umas ideias) e afinal de contas o que interessa é o toque, o contacto,… O corpo depois responde.
Eu – Acha que resultava?
Moça - …?
Pois, mas não disse nada disto. E ainda podia encaixar pelo meio umas bocas foleiras relacionadas com extintores e fogo. Não era muito difícil. Mas não, nunca digo o que quero na hora certa, ou porque não me lembro logo, ou porque fico sem coragem para dizer.
Da próxima digo-lhe.
Bom Fim-de-semana. :)
Moça - Volto para o ano se ainda cá estiver.
Eu – Então, vai mudar de emprego?
Moça – Estou farta disto. Muitas horas de carro, chego sempre tarde a casa e com dores de cabeça. O meu marido queixa-se. Até diz que eu tenho “amigos” por aqui. Se ele viesse comigo logo via o que custa…
Eu – Pois, isso assim é chato. Trabalho difícil…
A conversa que eu DEVIA ter tido com a moça dos extintores (que por acaso, se quisesse arranjar “amigos”, até nem teria problemas nenhuns).
Moça - Volto para o ano se ainda cá estiver.
Eu – Então, vai mudar de emprego?
Moça – Estou farta disto. Muitas horas de carro, chego sempre tarde a casa e com dores de cabeça. O meu marido queixa-se. Até diz que eu tenho “amigos” por aqui. Se ele viesse comigo logo via o que custa…
Eu – Pois, isso assim é chato. Trabalho difícil… Olhe, se eu fosse seu marido resolvia o problema assim: quando chegasse a casa, preparava-lhe um banho quentinho, acendia umas velinhas na banheira. Deixava-a repousar um bocado e depois, no quarto quentinho, fazia-lhe uma massagem, que não sei como se faz mas imagino, (tenho umas ideias) e afinal de contas o que interessa é o toque, o contacto,… O corpo depois responde.
Eu – Acha que resultava?
Moça - …?
Pois, mas não disse nada disto. E ainda podia encaixar pelo meio umas bocas foleiras relacionadas com extintores e fogo. Não era muito difícil. Mas não, nunca digo o que quero na hora certa, ou porque não me lembro logo, ou porque fico sem coragem para dizer.
Da próxima digo-lhe.
Bom Fim-de-semana. :)
quarta-feira, março 10, 2010
[...]
Ouvi outro dia, numa rádio qualquer, que os homens se sentem, na sua maioria, com menos 12 anos do que na realidade têm. Eu acho que é verdade. :)
28 aninhos! Mais nada!
28 aninhos! Mais nada!
sexta-feira, março 05, 2010
Pois é...
Na dúvida acabei por contar logo. Eu tinha que contar a alguém ou rebentava.
Primeiro reagiu mal. Queria ir à recepção do Hotel fazer queixa. Puxa! Era o que me faltava para acabar bem a cena! :) Ainda ficou a pensar durante um bocado no meu sangue frio, perguntou-me algumas vezes se me tinha mesmo aguentado e acho que acabou por acreditar. Felizmente consegui convencê-la e acabámos a rir daquilo tudo. E ela até reconheceu que ouvia os meus "nãos" lá na salinha dela. É mais uma história que fica.
Agora, se me tivesse calhado a massagista que calhou a ela, não sei não... :)
quinta-feira, março 04, 2010
Tailândia (com bolinha avermelhada)
Bem, então começo pelo fim, ou quase. É mais fácil. Quando se diz a alguém que se vai para a Tailândia, toda a gente ou quase toda (e se forem homens são mesmo todos), mandam bocas sobre as massagens. Pessoas que já lá tinham estado chegaram mesmo a dizer para não perdermos a oportunidade. Sabíamos que quando chegássemos seria a pergunta fatal, “e então as massagens?” Mas a Tailândia é muito mais que isso. Muito mais.
Mas mesmo assim é por aí que vou começar. Estávamos já no penúltimo dia e ainda não tínhamos tido tempo para a massagem. E nem sequer estávamos muito preocupados com isso. Tínhamos um mundo de coisas novas para ver e as massagens não nos pareciam prioritárias. No entanto sabíamos que queríamos experimentar, por isso acabámos por decidir fazê-la já depois do “chek-out” do Hotel e antes do “transfer” para o aeroporto, naquelas horas parvas em que já não podemos ir muito longe e o tempo custa a passar. Boa ideia.
Estávamos, por acaso, instalados numa parte de Bangkok onde as casas de massagens eram porta sim, porta não, mas a minha mulher preferiu fazê-la no Hotel. Achou que era mais seguro. Seguro de quê, perguntava eu. Que pode uma massagem ter de perigoso? Uma distensão muscular??!!
Fomos então. Cada um em sua salinha, média luz, uma cama encastrada num dos lados, um sofá e uma banheira no outro. Entrei sozinho e esperei. Só não queria que me calhasse um homem. Não tive tanto azar assim, de qualquer forma, a senhora que me apareceu já não era nova, muito menos para os critérios tailandeses, mas eu confiei na sua experiência como uma mais-valia.
A massagem tailandesa, pelo menos a que eu fiz (e a minha mulher também), são bastante envolventes. A proximidade física que existe entre a massagista e o massajado, pode tornar-se um pouco desconcertante para quem não está muito à habituado a este tipo de coisas. Era o meu caso.
Adiante. De barriga para baixo, em cuecas, com uma toalha de mãos a cobrir o corpo, lá fui sentido a massagem, dos pés à cabeça, feita com mãos, braços, cotovelos e não sei que mais. Sei que volta e meia lá estava ela deitada em cima de mim. Estávamos tão perto que respirávamos o mesmo ar. Dos pés à cabeça, sempre passando pelo rabo. Deve fazer parte… Fazia mesmo, confirmei mais tarde. Mas digo-vos uma coisa. Senti todos os músculos do corpo. Um por um. Onde começavam e onde acabavam. Incrível. No fim parecia que tinha corrido a maratona. Mas foi quando me mandou voltar para cima que a coisa começou a animar.
Não é todos os dias que estou numa cama com uma mulher que não a minha, nem que estou tão entrelaçado com alguma, como estava naquela altura.
As pernas dela e os pés serviam de instrumento de massagem e as minhas pernas faziam os mais incríveis malabarismos. Foi então no meio daquela envolvência que, de repente, me toca no meu ponto fraco e com um gesto sugestivo me pergunta: oil massage?
Eu fiquei tão espantado que não disse nada. Abri muito os olhos e fingi que não estava a perceber. Mas ela não desistiu. Repetiu o convite e informou-me logo do preço. 3000 bats. Espantado, apanhado de surpresa, disse que não. Ela gestualmente disse-me que podia brincar com o peito dela. Continuei a dizer que não. Expliquei-lhe que a minha mulher estava na sala ao lado e que mesmo que quisesse que estava mesmo de partida, que já não tinha dinheiro. Baixou o preço para mil e eu continuei a dizer que não. Tudo isto muito devagar, na maior das descontracções e com provocações pontuais. Volta e meia apanhava-me desprevenido, e perguntava outra vez: oil massage? A certa altura, sem saber como nem porquê, dei por mim com um pé mesmo no meio das pernas dela, se é que percebem o que quero dizer. Eu já nem sabia se a massagem me estava a relaxar ou a deixar mais nervoso. Enfim…
Mas não vos vou esconder, sou homem, vacilei. Muito. Dentro da minha cabecinha os génios, o bom e o mau, digladiaram argumentos contra e a favor, chegando quase a vias de facto. Nunca mais vou esquecer. A cara da moça aparece-me na memória a toda a hora, a fazer a pergunta fatal: oil massage? Mas podem acreditar, foi não até ao fim.
“No Hotel é mais seguro…”
Oil massage?
Oil massage?
Oil massage?
Oil massage?
…
E já agora, acham que devia ter contado à minha mulher estes pormenores? : )
segunda-feira, março 01, 2010
Já voltei...
Mas ainda não tive tempo de assentar arraiais, por isso, deixo aqui apenas um (e é mesmo só um) aperitivo fotográfico.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Dúvidas existênciais
Serei assim tão desinteressante? Sei que não sou uma pessoa cativante, pelo menos numa análise superficial, mas será que perco assim tanto p...
-
Quem dera pudéssemos parar o nosso filme nos momentos bons e ficar lá para sempre…
-
Anda alguém a brincar com o meu destino? Ai, ai, ai, ai… Logo agora que isto estava tudo tão calminho...
-
Como se explica à nossa mulher, que fomos convidados para ir passar um fim-de-semana a casa de umas amigas , que ela não conhece de lado nen...