Já lá vão alguns anos desde que tive a sorte de passar, quase de raspão, pela vida de uma miúda muito especial. Ao contrário, ela entrou na minha e ficou. Guardo-a na memória até hoje. Porque a desejei, porque lhe tive que resistir, devido à paixão que o meu melhor amigo tinha por ela, mas principalmente porque, pela primeira vez na vida, me fez sentir numa relação adulta e intensa. Vivi alguns dos dias mais felizes e mágicos da minha vida.
Foi o verão do Rui Veloso e dos seus “Mingos & os Samurais”, foi o verão dos grandes concertos do Phil Collins e nós estávamos na magia da primeira semana de férias. Por sorte (mas não por acaso), os nossos Pais imaginavam-nos na escola, e por mais um feliz acaso, ela estava sozinha em casa. Deixou de estar. Ficámos por lá os dois juntos, 4 ou 5 dias.
Foi a mulher que me ensinou que há muito mais numa relação sexual além do acto em si, acto esse a que, curiosamente nem nunca chegámos. Apenas porque para ela, eu era só um consolo numa zanga de um longo namoro e por isso não quis ir mais longe. Mas andámos perto. Mesmo muito perto.
Morena, decidida, um pouquinho mais velha e muito mais experiente em quase tudo na vida do que eu, era uma moça com uma dose certa de loucura, que a fazia capaz de, num minuto, tomar uma decisão que eu levaria 24 horas a decidir. E eu gostava disso, mas gostava também da forma como namorávamos. Do erotismo com que nos envolvíamos e na mestria como ela abordava todos os momentos. Tudo muito puro na procura dos corpos e das sensações de todos os sentidos a dois. Fomos sempre dois nos momentos em que nos envolvemos.
Alguém entende? Fui mesmo muito feliz e nem foi necessário “consumar” nada.
Naturalmente ela voltou para o namorado, eu tive um desgosto enorme e fiquei profundamente abalado (a sério). Nunca mais a voltei a encontrar e nunca mais encontrei alguém que provocasse em mim o mesmo efeito. Terei encontrado algumas mulheres parecidas, terei sentido e sinto em alguns momentos, sensações igualmente intensas mas mais nenhuma mulher foi capaz de se libertar para mim e de me fazer libertar a mim próprio daquela forma. Magia pura.
Foi o verão do Rui Veloso e dos seus “Mingos & os Samurais”, foi o verão dos grandes concertos do Phil Collins e nós estávamos na magia da primeira semana de férias. Por sorte (mas não por acaso), os nossos Pais imaginavam-nos na escola, e por mais um feliz acaso, ela estava sozinha em casa. Deixou de estar. Ficámos por lá os dois juntos, 4 ou 5 dias.
Foi a mulher que me ensinou que há muito mais numa relação sexual além do acto em si, acto esse a que, curiosamente nem nunca chegámos. Apenas porque para ela, eu era só um consolo numa zanga de um longo namoro e por isso não quis ir mais longe. Mas andámos perto. Mesmo muito perto.
Morena, decidida, um pouquinho mais velha e muito mais experiente em quase tudo na vida do que eu, era uma moça com uma dose certa de loucura, que a fazia capaz de, num minuto, tomar uma decisão que eu levaria 24 horas a decidir. E eu gostava disso, mas gostava também da forma como namorávamos. Do erotismo com que nos envolvíamos e na mestria como ela abordava todos os momentos. Tudo muito puro na procura dos corpos e das sensações de todos os sentidos a dois. Fomos sempre dois nos momentos em que nos envolvemos.
Alguém entende? Fui mesmo muito feliz e nem foi necessário “consumar” nada.
Naturalmente ela voltou para o namorado, eu tive um desgosto enorme e fiquei profundamente abalado (a sério). Nunca mais a voltei a encontrar e nunca mais encontrei alguém que provocasse em mim o mesmo efeito. Terei encontrado algumas mulheres parecidas, terei sentido e sinto em alguns momentos, sensações igualmente intensas mas mais nenhuma mulher foi capaz de se libertar para mim e de me fazer libertar a mim próprio daquela forma. Magia pura.
Algumas vezes, do jeito que falas, não é difícil provar as sensações que descreves.
ResponderEliminarExiste amores que não acontecem, outros, que duram 4 ou 5 dias não é?! Esses são guardados na memória. E 'consumar' nem é preciso. Pois o que fica guardado é um olhar, o sorriso, o toque e o modo como a respiração causa arrepios na gente.
Abraço
E transportaste todo esse sentimento para este texto. Sabes que tenho saudades de sentir desta forma. Quase cega e ao mesmo tempo tão intensa que nos percorre todos os poros da pele. "sem consumar nada" como bem dizes. Porque nem é preciso. Há pessoas que nos fazem sentir. E ficam para sempre. Nem que seja pela lembrança que deixam.
ResponderEliminarE será que não daria para a procurar e voltar a encontrá-la?
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