sexta-feira, agosto 24, 2007

Férias


Pois é. A grande surpresa das minhas férias começou logo dentro do avião. Na ida.


Eu sabia que ela era hospedeira de bordo, mas não sabia de que companhia. E se em outros voos tive esperança de a encontrar, desta vez, nem me lembrei de tal. É sempre assim, não é?

Adorei vê-la. Foi o ponto alto das minhas férias. Falámos um bocadito, (ela estava a trabalhar e eu não queria atrapalhar), mas deu para ver que por dentro está igualzinha. Um amor, uma simpatia contagiante. Por fora continua linda, embora eu ache que um pouco menos de “bronze” e de pinturas (não sei se a companhia exige) lhe assentasse melhor.

Por um momento levantei-me para ir à casa de banho e à saída entrei no compartimento das hospedeiras onde estavam a preparar os almoços, e ali pude dizer-lhe o quanto estava feliz por revê-la. Queria dizer-lhe para ler o meu blog, mas não tive coragem. Podia ter pedido o mail, mas não me lembrei. Devia ter tirado uma foto com ela à porta do avião, mas só me lembrei depois. O meu cérebro bloqueia sempre nestas ocasiões.

Tenho o número de telemóvel, e quando escrevi este post tive vontade de lhe mandar um sms com a morada do blog. A vontade não passou mas a coragem também não chegou. Não consigo prever as consequências de um acto assim, e quando isso acontece, deixo-me ficar. Se calhar é o melhor.

Fiquei muito feliz.

Convidou-me a mim e à minha mulher para aterrarmos dentro do Cockpit. Ao mesmo tempo eu disse não e a minha mulher disse três vezes sim. Valeu o sim, valeu o medo, valeu a simpatia dos pilotos, valeu a paisagem. Valeu.

Fiquei muito feliz.

Estava a precisar.

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