Dizem que é um sofrimento terrível o que acontece com as pessoas que sentem que nasceram com um corpo que não é o seu e eu acredito. Acontece a muito homem sentir-se mulher e muita mulher sentir-se homem. Estou certo que estas pessoas podem ter uma existência muito difícil, se não forem capazes de assumir essa dualidade. Mesmo assumindo... Bem, é difícil de qualquer das formas.
Isto vem a propósito do que está a acontecer comigo. Não, não tem nada a ver com o meu corpo. Sim, tenho um bocadito de barriga, afinal já vou nos 39 aninhos e uns pneuzitos, mas não levo isso muito a sério. Estou em paz com o meu corpo. O problema está na minha cabeça e na minha personalidade. Ou melhor, nas minhas personalidades. O problema é mesmo esse. Aqui dentro, eu sou dois em um. Talvez se procurar bem ainda encontre uma terceira, mas por agora não vamos baralhar mais.
Um é o Waterfall, este que vocês conhecem. Casado, sem filhos e sem certezas. Adora mulheres e o mundo delas. Se pudesse vivia com 20. Não se chateia nem com política nem com futebol, adora música e por estranho que pareça até está a chegar à conclusão que gosta das românticas. Para ele tudo gira à volta do sexo e da sexualidade. Verdadeiras obsessões da sua existência. Umas vezes por simples desejo outras por incompleta ignorância.
O outro sou eu. Sim o eu que está mesmo aqui atrás desse ecrã e à frente deste. Casado, sem filhos e cheio de certezas. Um rapaz calado, muito tímido, aparentemente calmo e certinho. Não faz mal a uma mosca nem se mete com ninguém. É da Académica mas irrita-se se o Porto perde, está farto de políticos e raramente se atrasa no trabalho. Tem uma quinta com meia dúzia de animais, onde dá cabo do “cabedal” (melhor que ginásio), gosta de ler à noite no sofá nos intervalos das sonecas e toca clarinete, ou pelo menos tenta. Isto para ser rápido.
Mas o verdadeiro problema apareceu quando o eu, este aqui, puxou o Waterfall para fora do blogue. Assumiu as suas vontades e deu-se mal. Um não cabe no outro. O Waterfall parecia um parvo totalmente deslocado do seu meio, apenas com metade de personalidade, porque não foi capaz de expulsar a outra metade, e dentro de um corpo que não lhe obedecia. O eu, este mesmo, começou a bater mal. Perdido no mundo, desorientado na vida e no trabalho, já não dormia e tinha ataques de ansiedade. Depois de recuperado de um monte de problemas pessoais, estava a ficar novamente com a vida num caos. Mas insistia. Porquê? Não sabemos, nem um nem o outro. Mas o diagnóstico é óbvio. Um não encaixa no outro e embora o eu gostasse muito de dar vida às aventuras que o Waterfall sonha, os dois são incompatíveis.
Não há nada a fazer. Apenas voltar a enfiar o Waterfall dentro do blogue.
Isto vem a propósito do que está a acontecer comigo. Não, não tem nada a ver com o meu corpo. Sim, tenho um bocadito de barriga, afinal já vou nos 39 aninhos e uns pneuzitos, mas não levo isso muito a sério. Estou em paz com o meu corpo. O problema está na minha cabeça e na minha personalidade. Ou melhor, nas minhas personalidades. O problema é mesmo esse. Aqui dentro, eu sou dois em um. Talvez se procurar bem ainda encontre uma terceira, mas por agora não vamos baralhar mais.
Um é o Waterfall, este que vocês conhecem. Casado, sem filhos e sem certezas. Adora mulheres e o mundo delas. Se pudesse vivia com 20. Não se chateia nem com política nem com futebol, adora música e por estranho que pareça até está a chegar à conclusão que gosta das românticas. Para ele tudo gira à volta do sexo e da sexualidade. Verdadeiras obsessões da sua existência. Umas vezes por simples desejo outras por incompleta ignorância.
O outro sou eu. Sim o eu que está mesmo aqui atrás desse ecrã e à frente deste. Casado, sem filhos e cheio de certezas. Um rapaz calado, muito tímido, aparentemente calmo e certinho. Não faz mal a uma mosca nem se mete com ninguém. É da Académica mas irrita-se se o Porto perde, está farto de políticos e raramente se atrasa no trabalho. Tem uma quinta com meia dúzia de animais, onde dá cabo do “cabedal” (melhor que ginásio), gosta de ler à noite no sofá nos intervalos das sonecas e toca clarinete, ou pelo menos tenta. Isto para ser rápido.
Mas o verdadeiro problema apareceu quando o eu, este aqui, puxou o Waterfall para fora do blogue. Assumiu as suas vontades e deu-se mal. Um não cabe no outro. O Waterfall parecia um parvo totalmente deslocado do seu meio, apenas com metade de personalidade, porque não foi capaz de expulsar a outra metade, e dentro de um corpo que não lhe obedecia. O eu, este mesmo, começou a bater mal. Perdido no mundo, desorientado na vida e no trabalho, já não dormia e tinha ataques de ansiedade. Depois de recuperado de um monte de problemas pessoais, estava a ficar novamente com a vida num caos. Mas insistia. Porquê? Não sabemos, nem um nem o outro. Mas o diagnóstico é óbvio. Um não encaixa no outro e embora o eu gostasse muito de dar vida às aventuras que o Waterfall sonha, os dois são incompatíveis.
Não há nada a fazer. Apenas voltar a enfiar o Waterfall dentro do blogue.
Não sei o q te dizer... acho q não deve estar a ser nada fácil... Mas olha... sabes q mais?? Eu gosto do Waterfall do blog, é esse q eu leio, q me dá prazer ler e conhecer e "conversar".
ResponderEliminarQuanto ao Homem q está atrás deste ecran ou á frente desse, não sei, mas duvido q a sua essência seja mt diferente...
Todos nós temos estes both sides, a diferença é q há pessoas q não sabem lidar com isso, outras tentam, e outras dominam completamente um lado e outro...
Penso q o segredo está em conseguir gerir cada uma destas "pessoas" q existe dentro de cada um de nós, perante cada situação da nossa vida...
Beijossss e adorei ler-te uma vez mais!!!
... e porque não tentares encontrar os pontos em comum de um e outro? Tenho a certeza q os há... esses são o teu verdadeiro "Eu"!!!
ResponderEliminarMais beijos Amigo!!!
Sim, vou tentar por tudo em ordem durante o fim-de-semana... Até já me pareceu mais difícil.:)
ResponderEliminarmas não faças disso o teu cavalo de batalha... Vive um dia de cada vez e de acordo com o q tu sentes ou pensas...
ResponderEliminarSó temos uma vida... e passa num piscar de olhos...
Ataques de ansiedade, porquê?
ResponderEliminarEu gosto de ti mesmo assim... todos temos as nossas singularidades, ninguém é perfeito (especialmente se simpatiza com o Porto :D).
Eu gostava de ser menos teimosa, menos mimada, menos criança, mais paciente, mais sociável ... ah, também gostava de ser mais inteligente :D :D :D
Não tenho ataques de ansiedade, mas tenho de mau humor. Como podes ver, não és o único com problemas :(
Vá lá, anima-te amigo!!!
Um beijinho muito grande e um bom fds!
Acho q essa mesclagem dos dois te fariam um bem enorme!
ResponderEliminarNunca é tarde para mudanças.
Bjossss.
É esta complexidade, esta capacidade de análise que te dá o encanto...és profundamente humano e ...como seria possível não entender o que sentes? De qualquer modo, são esses dois seres que me proporcionam estes momentos maravilhosos que afagam a alma...eu gosto dos dois, pronto...gosto das contradições, da timidez, das histórias, dos amores, dos namoricos, dos devaneios sexuais...
ResponderEliminarbom fim-de semana e anima-te!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPodem até achar estranho, mas a vossa opinião conta. E por vezes muda os meus dias. Obrigado.:)
ResponderEliminarUm cadinho atrasada, mas cá vai: sempre gostei de homens tímidos pq são os mais sinceros. Mentem mal comó caraças pq ficam corados, rosadinhos, rosadinhos. Na sua maioria, né? :D
ResponderEliminarMas um homem tímido que não cora mete-me medo.
Depois há os sonsos e os ensosos. Detesto, não tenho paciência!
Tu és tímido ou sonso? ;)
Não há cá dupla personalidade, há aquela maneira de ser que nos faz sentir...felizes. Ansioso mas feliz? Ou ansioso e deprimido? :)
Sim sou tímido, minto mal, mesmo muito mal, por isso normalmente evito mentir e como tenho a pele muito branquinha ... nota-se a grande distância. Ainda há pouco tempo me disseram que eu era puro e muito transparente. Eu não achei grande piada.:) Quanto à ansiedade, depende dos dias, mas isso até acho que é normal.
ResponderEliminarEu acho que já nem preciso perguntar qual é a tua formação? É o que parece?
lol
ResponderEliminarSou Economista por formação, informática por obras do destino, e uma optimista nata (ou que foi aprendendo a ser melhor ;) )
Conheço é tanta gente e ouço tanta história q acabo por mandar umas pra caixa :)
E depois sou "boa pessoinha" como diz um senhor da minha terra ;)
:) Afinal não é o que parecia. Mas tens jeito.
ResponderEliminarSe algum dia a informática te ultrapassar, (a economia já deu o que tinha a dar), tens sempre uma terceira vocação. :)