Já não é a primeira vez que aqui falo no mistério que é para mim a linha que separa a fidelidade da infidelidade. Não na minha perspectiva, que essa eu conheço bem. E posso dizer que não a sinto como uma coisa estática ou constante. Depende de muitos factores, como é óbvio, mas não me deixo perder nela. Sei sempre de que lado estou e porque estou.
O mistério está na grossura ou na força dessa linha nas mulheres. Quando comecei este blogue achava que, para a grande maioria das mulheres, esta era quase intransponível. Ponto final.
Mas entretanto cresci, li, escrevi e abri um pouco mais os olhos. Hoje sei um pouquito mais. E é por saber isso que me lembrei de um caso, que nunca o foi, mas… agora que olho para trás acho que bem poderia ter sido.
Um dia estava eu a fazer um trabalho da pós-graduação com esta moça, quando em cima do prazo limite de entrega, foi necessário ir à escola tirar umas dúvidas antes de o imprimir em minha casa. Na viagem que fizemos até à cidade, fomos conversando. Conversa puxa conversa e sabendo eu que ela tinha namorado e tendo ouvido já umas entusiasmadas tagarelices sobre casamentos e vestidos de noiva, perguntei-lhe se tencionava casar em breve. Não se mostrou nada entusiasmada com o casamento e nem muito com o próprio namorado. Rapidamente desviou o assunto. Estranhei, mas passou. Não me preocupei muito com o assunto.
Lá fomos à escola, tirámos as dúvidas e fomos até minha casa a meio de uma tarde, a uma hora em que, como é habitual, não estava por lá ninguém. Só para imprimir o trabalho. Foi o que fizémos. Compenetrado na minha linha, imaginando a dela enorme e intransponível não liguei à ocasião que ali se poderia proporcionar.
Agora, a esta distância, quando olho para trás, analiso tudo a frio e pergunto: não estaria a moça à espera de algo mais?
O vento vai me levando nesta minha nuvem que eu tento manobrar. Daqui vejo o mundo e o que me marca escrevo, por sentir que apenas a escrita, ouve e compreende os meus desabafos. Mas nem tudo o que vejo é real. Muitas vezes são apenas delírios da imaginação ou simplesmente, sonhos.
quarta-feira, setembro 23, 2009
Só porque há coisas que não me saem da cabeça. Memórias.
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