O vento vai me levando nesta minha nuvem que eu tento manobrar. Daqui vejo o mundo e o que me marca escrevo, por sentir que apenas a escrita, ouve e compreende os meus desabafos. Mas nem tudo o que vejo é real. Muitas vezes são apenas delírios da imaginação ou simplesmente, sonhos.
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Entre os pingos de chuva
À minha volta, os pingos de chuva vão caindo, sempre distantes perdidos na sofreguidão da terra árida. Nunca chegam a ser chuva mas vão pingando. O primeiro veio mesmo na minha direcção. Esperei ansioso por ele. Fechei os olhos para o receber, mas no exacto momento em que me tocava, evaporou-se. Agora parecem-me um pouco mais frequentes. Continuam a não ser chuva, apenas pingos e por enquanto caem longe, demasiado distantes. Mas um dia aproximam-se. Cada vez mais perto. E eu, aqui parado, podia até, com um simples passo, evitar molhar-me. Mas não. Estou mesmo à procura de um que me acerte em cheio. Que acerte em cheio na sofreguidão da minha pele.
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
[...] Estou em greve títlica
Há coisas mesmo estranhas. Como é possível que o nosso subconsciente guarde coisas assim adormecidas durante tantos anos? Como é possível ter uma “paixãozeca” no início da adolescência, que nunca chegou a dar em nada, que nunca chegou a ser correspondida, pelo menos, tanto quanto sei, embora saiba que, dessas coisas sei sempre muito pouco e depois de vinte e tal anos sem ver ou ouvir falar dessa pessoa, ela aparece, quase vinda do nada e de repente o nosso coração começa a bater depressa e descontrolado. Onde estava essa emoção escondida? Quantas mais lá estarão?
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
[...]
O Facebook tem coisas engraçadas. E não, não é a porcaria da quinta virtual, dessa já desisti. É a quantidade de velhos amigos que se encontram. Para uma pessoa como eu, que a meia da vida muda de cidade e de relações, as surpresas são imensas. Ainda hoje tive um contacto de uma colega do ciclo (12-13 anos). Uma daquelas amigas tão grandes, que na altura, nem fui capaz de lhe dizer que estava totalmente apaixonado, com receio de a perder de vista. E agora que reparo... a quantidade de vezes que esta história se repetiu...
terça-feira, fevereiro 02, 2010
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Então cá vai
Parte de uma série de mails que tenho trocado com uma antiga colega que reencontrei no facebook. Pondo o vida em dia.
..." quando acabei a pós-graduação decidi que não estudava mais. Estava desiludido com o que ganhava, em termos de possibilidades de emprego,relativamente a todo o esforço e tempo investidos. Claro que gostei de estudar e de aprender, mas quando se está a estudar, muita coisa fica para trás. E eu gosto de fazer outras coisas. Hoje para além do trabalho, tenho uma pequena quinta, só para andar a cavar e a correr atrás das ovelhas feito maluco, leio tanto quanto o meu sono deixa e como gosto muito de música, convenci-me que era capaz de aprender a tocar um instrumento.
Comecei com a viola. Andei um ano a aprender, mas aquilo tinha muitas cordas e era preciso coordenar muitos dedos ao mesmo tempo. Acabei por desistir. Mas não me dei por vencido nos meios musicais. Pesquisei e achei que o clarinete podia ser uma boa alternativa. É um instrumento com um som fantástico e com uma enorme amplitude de tons (dos agudos aos mais graves). Aplica-se a uma grande variedade de estilos musicais, desde as bandas filarmónicas ao Jazz e embora tenha imensos buracos, só se toca uma nota de cada vez, o que facilita imenso a coordenação entre os meus dedos e este meu cérebro cheio de neurónios queimados, em grande parte devido à intensa vida académica que, como sabes, vivi. Mas fui-me mentalizando que o instrumento seguinte seria a pandeireta ou os ferrinhos. Mas a coisa nem correu assim tão mal. Eu sou persistente e como me apaixonei pelo instrumento, lá fui ficando nas aulas. Hoje toco já algumas coisitas. De pauta e de ouvido. Sou já uma estrela do Youtube. Alguns vídeos ultrapassaram já os 100 visionamentos!!! :-)
Agora mais a sério. É claro que fomos pensando na adopção. Mas não estávamos totalmente seguros em relação ao assunto, e no meio dos tratamentos de fertilidade, as esperanças de uma gravidez eram sempre grandes e a questão da adopção sempre adiada. A minha mulher também nunca se mostrou com muitas certezas e eu acho que numa coisa destas,temos de estar plenamente certos do que queremos e vamos fazer. Enfim... ficámos assim. Neste momento acho que estamos a atravessar, no casamento, uma fase… como hei-de dizer,… talvez menos consistente, não sei, e por isso a ideia agora, não seria muito sensata."...
Mas isso não quer dizer nada e a vida muitas vezes muda de um dia para o outro.
"Let it roll"
..." quando acabei a pós-graduação decidi que não estudava mais. Estava desiludido com o que ganhava, em termos de possibilidades de emprego,relativamente a todo o esforço e tempo investidos. Claro que gostei de estudar e de aprender, mas quando se está a estudar, muita coisa fica para trás. E eu gosto de fazer outras coisas. Hoje para além do trabalho, tenho uma pequena quinta, só para andar a cavar e a correr atrás das ovelhas feito maluco, leio tanto quanto o meu sono deixa e como gosto muito de música, convenci-me que era capaz de aprender a tocar um instrumento.
Comecei com a viola. Andei um ano a aprender, mas aquilo tinha muitas cordas e era preciso coordenar muitos dedos ao mesmo tempo. Acabei por desistir. Mas não me dei por vencido nos meios musicais. Pesquisei e achei que o clarinete podia ser uma boa alternativa. É um instrumento com um som fantástico e com uma enorme amplitude de tons (dos agudos aos mais graves). Aplica-se a uma grande variedade de estilos musicais, desde as bandas filarmónicas ao Jazz e embora tenha imensos buracos, só se toca uma nota de cada vez, o que facilita imenso a coordenação entre os meus dedos e este meu cérebro cheio de neurónios queimados, em grande parte devido à intensa vida académica que, como sabes, vivi. Mas fui-me mentalizando que o instrumento seguinte seria a pandeireta ou os ferrinhos. Mas a coisa nem correu assim tão mal. Eu sou persistente e como me apaixonei pelo instrumento, lá fui ficando nas aulas. Hoje toco já algumas coisitas. De pauta e de ouvido. Sou já uma estrela do Youtube. Alguns vídeos ultrapassaram já os 100 visionamentos!!! :-)
Agora mais a sério. É claro que fomos pensando na adopção. Mas não estávamos totalmente seguros em relação ao assunto, e no meio dos tratamentos de fertilidade, as esperanças de uma gravidez eram sempre grandes e a questão da adopção sempre adiada. A minha mulher também nunca se mostrou com muitas certezas e eu acho que numa coisa destas,temos de estar plenamente certos do que queremos e vamos fazer. Enfim... ficámos assim. Neste momento acho que estamos a atravessar, no casamento, uma fase… como hei-de dizer,… talvez menos consistente, não sei, e por isso a ideia agora, não seria muito sensata."...
Mas isso não quer dizer nada e a vida muitas vezes muda de um dia para o outro.
"Let it roll"
Tenho uma carta escrita
Não sei se a mande ou se a publique aqui no blogue. Talvez faça as duas coisas.
Não posso...
...deixar-me conformar.
Tenho que reagir. Preciso reagir. Doa a quem doer. Para meu bem. Pela minha sanidade mental!
Tenho que reagir. Preciso reagir. Doa a quem doer. Para meu bem. Pela minha sanidade mental!
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