À minha volta, os pingos de chuva vão caindo, sempre distantes perdidos na sofreguidão da terra árida. Nunca chegam a ser chuva mas vão pingando. O primeiro veio mesmo na minha direcção. Esperei ansioso por ele. Fechei os olhos para o receber, mas no exacto momento em que me tocava, evaporou-se. Agora parecem-me um pouco mais frequentes. Continuam a não ser chuva, apenas pingos e por enquanto caem longe, demasiado distantes. Mas um dia aproximam-se. Cada vez mais perto. E eu, aqui parado, podia até, com um simples passo, evitar molhar-me. Mas não. Estou mesmo à procura de um que me acerte em cheio. Que acerte em cheio na sofreguidão da minha pele.
O vento vai me levando nesta minha nuvem que eu tento manobrar. Daqui vejo o mundo e o que me marca escrevo, por sentir que apenas a escrita, ouve e compreende os meus desabafos. Mas nem tudo o que vejo é real. Muitas vezes são apenas delírios da imaginação ou simplesmente, sonhos.
terça-feira, fevereiro 09, 2010
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