Havana, Cuba. Noite quente e húmida. Carnaval na cidade (pelos vistos, em Cuba, o Carnaval é quando um homem quer). Uma multidão de cubanos a participar no desfile e outra ainda maior a assistir. Poucos turistas no meio de toda aquela confusão.
E no meio dessa confusão reparo numa mulatinha a olhar-me de uma forma descaradamente sedutora. Tudo isto com a minha mulher ao lado, felizmente, distraída por uma conversa com um grupo de cubanos que animava o meu grupo. Eu, como sempre, perdido na multidão, nas cores, nos sons, nos ritmos, no calor húmido.
A moça insiste e eu fico com vontade de lhe “dar trela”, apenas para ver até onde aquilo pode chegar. Como quem joga um jogo arriscado.
Ela manda-me beijos pelo ar e eu respondo com sorrisos envergonhados, mas de cada vez que olho, estamos mais perto. Tão perto que já estamos encostados lado a lado e falamos. Fala ela. Faz perguntas e responde com propostas indecentes. Eu respondo sempre “não é que não queira, mas não posso passar daqui.” Ela pergunta-me onde vou estar mais logo, amanhã, depois,… Eu desconverso com perguntas banais. Ela vai dando beliscos pelo meu corpo e provocando. Difícil resistir, difícil disfarçar… Ela tem um paninho daqueles que quase todos os locais usam para secar a humidade que corre pelo corpo e passa-o pela cara, pelo pescoço, pelo peito e eu quase agarro o pano para me secar a mim também. Tento distrair-me com desfile de carnaval e quase consigo. Nalguns momentos consigo mesmo, mas ela volta a aproximar-se. Perdi a noção do tempo. Não sei quanto tempo durou este jogo. 10, 15, 20 minutos.
Ela era do grupo de cubanos que estavam a conversar com o meu grupo de 6 pessoas. Ninguém se tinha apercebido e no fim ainda fomos apresentados. Que adiantava? Eu já sabia o nome dela e conhecia as suas intenções. Lisandra e finalmente trocámos uns beijos. Inocentes na atitude mas não na intenção. Inocentes beijos na cara.
Agora a história a frio. É claro que ela não se apaixonou por mim naquele instante. Eu sabia e ela sabia-o melhor ainda. O dinheiro do turista vale muito mais do que o dinheiro deles e infelizmente aquela gente aprende, desde cedo, a sacá-lo. E nós, homens, somos alvos fáceis. Eu apenas estava mais à mão, no meu isolamento. E mais, afinal nem todos tinham passado sem se aperceberem. Um dos meus primos (o único homem da minha idade) também deu conta, (vá-se lá saber porquê). De resto passámos despercebidos, mas eu contei tudo a todos. Se calhar fiz mal.
No entanto, para mim, guardo o momento e a fantasia.
E no meio dessa confusão reparo numa mulatinha a olhar-me de uma forma descaradamente sedutora. Tudo isto com a minha mulher ao lado, felizmente, distraída por uma conversa com um grupo de cubanos que animava o meu grupo. Eu, como sempre, perdido na multidão, nas cores, nos sons, nos ritmos, no calor húmido.
A moça insiste e eu fico com vontade de lhe “dar trela”, apenas para ver até onde aquilo pode chegar. Como quem joga um jogo arriscado.
Ela manda-me beijos pelo ar e eu respondo com sorrisos envergonhados, mas de cada vez que olho, estamos mais perto. Tão perto que já estamos encostados lado a lado e falamos. Fala ela. Faz perguntas e responde com propostas indecentes. Eu respondo sempre “não é que não queira, mas não posso passar daqui.” Ela pergunta-me onde vou estar mais logo, amanhã, depois,… Eu desconverso com perguntas banais. Ela vai dando beliscos pelo meu corpo e provocando. Difícil resistir, difícil disfarçar… Ela tem um paninho daqueles que quase todos os locais usam para secar a humidade que corre pelo corpo e passa-o pela cara, pelo pescoço, pelo peito e eu quase agarro o pano para me secar a mim também. Tento distrair-me com desfile de carnaval e quase consigo. Nalguns momentos consigo mesmo, mas ela volta a aproximar-se. Perdi a noção do tempo. Não sei quanto tempo durou este jogo. 10, 15, 20 minutos.
Ela era do grupo de cubanos que estavam a conversar com o meu grupo de 6 pessoas. Ninguém se tinha apercebido e no fim ainda fomos apresentados. Que adiantava? Eu já sabia o nome dela e conhecia as suas intenções. Lisandra e finalmente trocámos uns beijos. Inocentes na atitude mas não na intenção. Inocentes beijos na cara.
Agora a história a frio. É claro que ela não se apaixonou por mim naquele instante. Eu sabia e ela sabia-o melhor ainda. O dinheiro do turista vale muito mais do que o dinheiro deles e infelizmente aquela gente aprende, desde cedo, a sacá-lo. E nós, homens, somos alvos fáceis. Eu apenas estava mais à mão, no meu isolamento. E mais, afinal nem todos tinham passado sem se aperceberem. Um dos meus primos (o único homem da minha idade) também deu conta, (vá-se lá saber porquê). De resto passámos despercebidos, mas eu contei tudo a todos. Se calhar fiz mal.
No entanto, para mim, guardo o momento e a fantasia.
E guarda-la, que mal faz? Não é?
ResponderEliminarBom te "ver" de volta!
Bjs
Antes contar do que guardar! Poir seria se descobrissem depois...
ResponderEliminarE os resto das férias?