quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Por falar em nomes

Da primeira vez que fui ao Brasil, fui a Porto Seguro, na Bahia. As primeiras impressões ficaram registadas neste texto.

Num dos dias em que estávamos na Praia da Coroa Vermelha, apareceram-nos umas crianças
Pataxós a vender artesanato. Como sempre, metemos conversa, tentando saber tudo quanto podíamos, tal era a sede de partilha. Simpatizámos com eles e eles connosco, de tal forma que acabaram por nos avisar que haveria uma festa de casamento na tribo deles e que nós poderíamos ir. E nós fomos, claro!


Até hoje ficámos na dúvida se aquilo seria uma montagem para turista ou se de facto era um casamento mesmo a sério. O facto é que até hoje continuámos na dúvida, pelo que, se tiver sido montagem, foi muito bem feita. Comemos e bebemos com eles coisas exóticas e muito boas e a certa altura, no fim de um ritual do casamento, fomos convidados para outro ritual, mais privado, de baptismo Pataxó. O único homem que conseguiu ser arrastado fui eu, mas fui arrastado mesmo. O ritual foi interessante, recatado e intenso, de tal forma que muitas das pessoas choraram durante a cerimónia. Estávamos todos em roda (10, 12 pessoas), quase sempre de mãos dadas, e no final foi-nos dado um nome índio. O meu, eu já não me consigo lembrar, só me lembro que era o nome de uma madeira muito dura, porque o cacique dizia que eu era “duro na queda”. Talvez o facto de eu quase nunca fechar completamente os olhos, quando ele mandava, tenha tido alguma influência. mas o nome perdei-o. Alguém sabe o nome índio de uma madeira Brasileira dura?

1 comentário:

  1. Sinceramente, não sei.
    Joguei no Google e ele me deu 'Aroeira' e 'Ipê', mas nenhum dos dois tem ocorrência na Bahia.

    Espero que encontre o nome certo. Agora, estou curiosa. Beijo

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