terça-feira, outubro 08, 2019

Já nem eu tenho paciência para estas minhas reviravoltas

Desta vez não vou apresentar desculpas ou razões exteriores para mais este falhanço na minha vida.

Quando voltei para ela, há quase um ano, sabia para o que ia e o risco que corria. Abdiquei da paixão, da emoção e até do amor para ter uma vida estável e tranquila, junto de uma família “perfeita”. Achei que era tudo o que precisava e que tinha que me conformar com o resto. Achei que um dia ia olhar para trás e ver que tinha tomado a decisão certa.

Mas não fui capaz de viver assim. Faltou-me emoção, faltou-me ter o comando dos meus destinos, faltou-me a minha cidade, faltou-me o meu “ninho”.

E meio sem querer, fui deixando entrar aquilo que faltava na minha relação. Minha culpa. Minha fraqueza. Sempre tentando convencer-me que o que fazia, fazia sem maldade e sem prejudicar ninguém. Estava enganado.

segunda-feira, setembro 16, 2019

[...]

Sonhos - Caetano Veloso
"Tudo era apenas uma brincadeira
E foi crescendo, crescendo, me absorvendo
E de repente eu me vi assim completamente seu
Vi a minha força amarrada no seu passo
Vi que sem você não há caminho, eu não me acho
Vi um grande amor gritar dentro de mim
Como eu sonhei um dia"

sexta-feira, setembro 06, 2019

Ou então não,...

Altero-me para equilibrar a relação. Moldo-me a ela, adapto-me, porque tenho quase a certeza que se for eu mesmo, se mostrar a minha essência, a relação desmorona. 

Ou então não,...

To be continued,...

Tinha acabado de aterrar no aeroporto de Campinas, em São Paulo, em trânsito entre Porto Seguro e Lisboa. Ligo o telemóvel e entre as notificações, vejo um pedido de amizade no facebook.  De relance vi uma foto de uma mulher bonita, e fiquei curioso. Mas os aeroportos têm olhos, e mais olhos tem a minha namorada, por isso, mudei o ecrã do telefone e segui a vida como se nada fosse. Mas, por alguma razão, aquela fotografia, aquele pedido não me saiu da cabeça.
Foi já só em Portugal, que consegui ter tempo para ver quem era a mulher bonita que me pedia amizade. Consegui ver que não era um pedido falso, de alguém interessado em, mais tarde, vender uma coisa qualquer, consegui perceber que essa mulher, de facto existia e que tinha uma vida real. Aceitei. Por que razão não haveria eu de aceitar?

quarta-feira, agosto 21, 2019

Rotinas

Viver permanentemente com alguém, partilhar a intimidade do dia-a-dia, é na maior parte dos casos, muito brochante, isto é, muito unsexy (não sei se esta palavra existe). Como alguém dizia, é um bom contraceptivo.

A rotina funciona como um relaxante e os descuidos acontecem de parte a parte. O mito sobre a outra pessoa começa a desvanecer-se, e a realidade sobressai e muitas vezes com provas à vista. 


sexta-feira, julho 26, 2019

Férias 2019

Crédito da foto: castrolegalgroup.com

Amanhã, parto de férias para um sítio que já foi mágico para mim. Foi a minha primeira vez no Brasil e sabem como nos marcam as primeiras vezes, não é?

Espero que não esteja a fazer uma asneira, daquelas de voltar a um sítio onde já se foi feliz, mas vale a pena tentar. Arraial D'Ajuda e Trancoso, na Bahia merecem o risco de se chegar com as expectativas demasiado altas.

Para as minhas amigas e amigos do Brasil, se quiserem aparecer,... :) É só avisar.

sexta-feira, julho 19, 2019

Karma is a bitch

Sonhei tanto encontrar-te por aí na cidade, principalmente nas alturas em que estive "livre"e acabo por te ver enquanto estava acompanhado, de mão dada e tudo!!! :)
Mas mesmo assim valeu. Continuas tão bonita e tão elegante como da primeira e única vez que te tinha visto, há quase dois anos.

segunda-feira, maio 20, 2019

Coisas estranhas da minha provecta idade

Não sei se é da Primavera, se é do avanço implacável da minha idade ou se é de passar tanto tempo enfiado neste buraco do fim do Mundo, onde trabalho, mas o facto é que, dei por mim hoje, a olhar entusiasmado, para as pernas à mostra da minha colega de trabalho de 58 anos!!!

quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Deixei a minha casa

“Decidi focar-me a 100% na relação e para isso, cometi a mais corajosa e arriscada decisão. Deixei o meu apartamento e mudei-me de “armas e bagagens” para casa dela.”

Se me tivessem perguntado há uns meses atrás, se alguma vez tomaria uma decisão destas, diria imediatamente que não, mas o facto é que, há dois meses atrás tomei. Porquê? Não sei bem…

De todas as casas em que vivi, de todos os locais em que morei, o meu pequeno t1, naquele 8º andar, foi sem dúvida o local onde me senti melhor. Foi a casa, onde fui mais eu. Completamente EU.

Depois de 15 anos de casamento e do divórcio, aos quarenta e poucos anos, descobri o sítio onde me sentia verdadeiramente em paz comigo e com a vida. Uma pequena casa com os meus confortos, as minhas memórias nas prateleiras e nas paredes, sol e uma vista bonita e desafogada a nascente. Noites estreladas, luares mágicos, alvoradas relaxantes, fins de tarde inspiradores, trovoadas dramáticas, enfim,… Uma varanda de pura magia.

Mas então porquê?? Porque deixei tudo isto?

Talvez porque naquela casa só cabia eu. Eu sozinho. E porque entre as fases em que achava que devia viver sozinho para sempre e as fazes em que achava que tinha que encontrar alguém, esta última foi quase sempre mais forte. 

Mas poderia manter a casa na mesma, não morando lá em permanência, não podia? Não, não podia. Nas duas mais longas relações que tive nestes 7 anos, a casa foi quase sempre como uma terceira pessoa na relação. E as relações são para ser só a dois. Por isso percebi que um dos factores de destabilização das minhas relações era a casa. E por isso arrisquei. Espero não me arrepender. Espero que tenha valido a pena.

No fundo, eu só quero ser feliz.

A ver



Malena - Ennio Morricone

Não sei como é que nunca vi este filme,...
Fotografia, música, argumento,... Tudo muito bom.

quinta-feira, fevereiro 14, 2019

Promessa de Ano Novo

Já está! Uma das promessas de ano novo está cumprida! Ou melhor, está iniciada!
No dia 1 de Fevereiro voltei ao ginásio!

Perto dos 50 anos, nunca me tinha sentido tão pesado e tão “amorfo”. Já nem sequer caminhadas fazia, e já nem sequer tinha a quinta, que durante muitos anos me serviu de pseudo-ginásio, portanto, o resultado estava a aproximar-se do catastrófico. Agora só tenho que manter a promessa, mas o primeiro passo está dado. E querem saber? Não está a custar assim tanto.

Gosto do ambiente, gosto de ver gente e principalmente, gosto de sentir o bem que me faz, ao corpo e à mente.

E apesar de não ser o mesmo ginásio de há dez anos atrás, nem sequer na mesma cidade, dá para fazer algumas comparações. Então vamos lá!

Primeiro, eu tenho mais 10 anos em cima. A maior parte das moças e moços continuam a ter vinte e poucos.

Segundo, sou uma pessoa com um bocadinho mais de autoconfiança e menos preocupado comigo próprio e com o que os outros pensam de mim.

Terceiro, noto (não que ande à procura, mas só porque não dá mesmo para não notar) que há mais moças a treinar,… como é que hei-de dizer,…  a trabalhar uma parte do corpo em particular: os glúteos. E sabem uma coisa? As que o fazem, adoram mostrar os resultados. Usam umas leggins incrivelmente justas!!

Ahhh, como podem ser refrescantes e bonitos alguns momentos desta vida!... :)

De resto e de igual, só isto: 

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Então, cá estamos nós,...

Tenho escrito tão pouco que nem o essencial fica registado. E talvez nem fosse necessário. Este blogue não começou como um diário, nem nunca o foi, mas de tempos a tempos, sempre acabei por ir revelando um pouco do meu dia-a-dia. Na primeira pessoa ou por interposta personagem, estão por aqui, os mais importantes marcos da minha vida, dos últimos anos.

Escrevi um texto em Setembro, com o título “voltei a casa”.  Mas depois disso, tanto se passou,.. Um mês depois dava já um sinal e umas semanas depois,... voltei. 

Tive tempo para “explodir”, libertar a tensão reprimida, relaxar e claro, por fim deprimir, e quando deprimi, talvez tenha percebido o que na realidade, seria importante na minha vida. Tive finalmente as minhas tão desejadas certezas e tentei a aproximação. Resultou (até hoje, porque de mim, nada é muito definitivo). 

Decidi focar-me a 100% na relação e para isso, cometi a mais corajosa e arriscada decisão. Deixei o meu apartamento e mudei-me de “armas e bagagens” para casa dela. Comecei a mentalizar-me e a pensar em modo “para sempre”,  aceitando que isso não seria a vida a acabar mas sim, a vida a amadurecer (voltarei a falar sobre isto porque acho interessante).

Então agora cá estou, sem saber muito bem como estou, nem se fiz o melhor que devia, mas estou, e se aqui venho escrever é sinal que estou mesmo. :)

quinta-feira, janeiro 31, 2019

La Petite Mort


“”La Petite Mort", ou em português, a pequena morte. É este o eufemismo usado pelo fotógrafo Will Santillo para dar nome a um livro onde o orgasmo feminino é o grande protagonista das imagens.

"Se o orgasmo é a pequena morte, será a masturbação o pequeno suicídio?". A pergunta surge na apresentação do livro da Taschen, que contou com a participação de 37 mulheres que se deixaram fotografar pelo artista canadiano enquanto se masturbavam e atingiam o clímax. Todas sobreviveram à "Petite Mort" e estão bem de saúde.”
Jornal “Expresso” 28-6-2011

Um destes dias, num vídeo de uma youtuber, vi uma rápida referência a um livro que me deixou curioso. “La Petit Mort”, um álbum de fotografia que retrata o orgasmo feminino.

Se o tema é já, por si só muito interessante, fiquei encantado com o conceito que desconhecia, a “pequena morte”, que awikipédia descreve assim:

La petite mort em francês, também conhecida como A pequena morte, refere-se ao período refratário que ocorre depois do orgasmo. Este termo geralmente tem sido interpretado para descrever a perda da consciência ou desmaio pós-orgástico das pessoas em algumas experiências sexuais.[1]

De maneira mais ampla, pode se referir ao gasto espiritual que ocorre após o orgasmo, ou um curto período de melancolia ou transcendência, como resultado do gasto da "força vital".

Um estudo recente sobre os padrões de ativação do cérebro usando uma tomografia por emissão de positrões (TEP) dá certo apoio à experiência de "la petite mort".[2]

O certo é que fiquei curioso, pesquisei e percebi que não era assim tão difícil de comprar e quase de impulso, encomendei. Chegou hoje, ainda não o abri e já estou preocupado. Onde vou eu guardar este livro????


E querem saber o pior? No mesmo impulso, comprei  da mesma editora, o “Butt Book”!! eh, eh, eh!!!


Dúvidas existênciais

Serei assim tão desinteressante? Sei que não sou uma pessoa cativante, pelo menos numa análise superficial, mas será que perco assim tanto p...