Vínhamos de uma típica e animada feira medieval da cidade. Tínhamos estado com uns amigos, jantado por lá e bebido uns copos. Era uma noite de verão, daquelas típicas noites quentes de Castelo Branco. Estávamos os dois muito animados e felizes.
No regresso a casa, noite avançada, numa avenida, demos com uma
rotunda relvada a ser regada. Ela em tom de desafio disse: - Não és capaz de ir
ali tomar banho. E eu respondi: -só se fores comigo! E fomos.
E foi épico. Os dois, ali no meio da avenida, a
empurrarmo-nos para debaixo do jato da rega. Encharcados e felizes. Seguimos
para casa a molhar o carro. Já no prédio, fomo-nos despindo pelo elevador, e…
Foi desta loucura, desta imprevisibilidade que eu senti
falta nesta minha última, longa e atribulada relação. Preciso disso para me
estimular. Preciso ter alguém que me desafie, que me tire do sério, da zona de
conforto. Que me provoque, que me dê horizontes novos, que me permita sonhar
com algo novo e diferente. Não me quero sentir no fim da linha, já à espera do
fim. Sem desafios.
Bora lá a uma vida nova!
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