quinta-feira, agosto 31, 2006

Outra vez a vizinha!

Já aqui tinha falado da minha vizinha da frente! Não é nenhuma obsessão mas é das poucas que aqui vive desde que eu vim para aqui morar e por esse motivo já criei por ela um certo carinho, embora nunca lhe tenha falado. Ontem, ao fim da tarde, cruzei-me com ela e reparei que tinha um carrito! Ia sempre de autocarro para o trabalho, no hiper da cidade, mas agora não, já pode dormir até mais tarde! Reparei também que estava mais elegante, o que é sempre bom!

Bem, mas o que motiva este post foi o facto de, à noite, quando fui à varanda desanuviar um pouco dos meus estudos, que mantenho em horário pós-laboral, deparei, mais uma vez, com outra sessão de passeio pela cozinha em cuequinha fio-dental!

Mais uma vez fiquei positivamente perturbado!
Será que o faz de propósito?
Será o faz para alguém em especial?
Será que o faz para mim?
Será que sabe que me enfeitiça?
Será que sabe que a estou a ver?
Será?...

Para ela dedico-lhe a música do Chico Buarque e do Francis Hime, “A Noiva da cidade”, cuja letra transcrevo aqui:

"Tutu-Marambá não venha mais cá
Que a mãe da criança te manda matar''
Tutu-Marambá não venha mais cá
Que a mãe da criança te manda matar''

Ai, como essa moça é descuidada
Com a janela escancarada
Quer dormir impunemente
Ou será que a moça lá no alto
Não escuta o sobressalto
Do coração da gente

Ai, quanto descuido o dessa moça
Que papai tá lá na roça
E mamãe foi passear
E todo marmanjo da cidade
Quer entrar
Nos versos da cantiga de ninar
Pra ser um Tutu-Marambá

Ai, como essa moça é distraída
Sabe lá se está vestida
Ou se dorme transparente
Ela sabe muito bem que quando adormece
Está roubando
O sono de outra gente

Ai, quanta maldade a dessa moça
E, que aqui ninguém nos ouça
Ela sabe enfeitiçar
Pois todo malandro da cidade
Quer entrar
Nos sonhos que ela gosta de sonhar
E ser um Tutu-Marambá

Boi, boi, boi, boi da cara preta"

2 comentários:

  1. Essa música é linda e apropriada para uma vizinha que sem saber nos inquieta. Beijinho

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  2. Parece feita à medida, talvez seja um caso frequente!

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