segunda-feira, novembro 28, 2011

Hoje é dia 28…

E a minha vida segue um pouquinho melhor que no dia 25.

Portanto para quem perguntou se valeria a pena enfrentar o “problema” a resposta é sim, valeu. Valeu porque eu reforcei a amizade com essas amigas e a minha mulher ganhou amigas novas.

Mas não foi fácil. Na véspera a minha mulher estava muito amuada e eu tentava aliviar o ambiente, desdramatizando a coisa, com um bocado de humor, mas nada funcionava. Cheguei a ver uma lágrima ou outra, mas não cedi.

A viagem para lá foi um sufoco. Quase duas horas de curvas e contra-curvas, de mau humor, de troca de palavras secas e eu sempre a tentar afastar a nuvem pesada e negra.

E mesmo assim valeu a pena?
Valeu.

Quando chegámos lá ainda só estavam 3 pessoas. As outras foram chegando pouco a pouco. Só isso aliviou um bocado a pressão. Depois fomos percebendo que nem toda gente se conhecia. Isto é, não éramos os únicos que não conheciam toda a gente. No final das contamos éramos 12, numa casinha, muito bem recuperada e muito confortável, numa aldeola perdida no meio das Serras do Centro.

Comemos, bebemos, conversámos, passeámos e fomos ficando. Ficámos para jantar. Enquanto eu ajudava a fazer o jantar num forno a lenha na rua, a minha mulher ficou na casa com as outras sete meninas e um gay. Ainda fui à sala do povo ver um bocado do futebol e a minha mulher ficou com elas. Jogou matrecos com as meninas, krapô com o gay, falaram de viagens e eu ainda vim a tempo de jogar Trivial com todos antes de jantarmos. Jantámos e como tínhamos ainda uma viagem difícil pela frente, saímos, ainda a festa estava a meio, já depois da meia-noite.

A minha mulher saiu de lá aliviada e com os fantasmas todos desfeitos. No dia seguinte até me confessou que aquelas pessoas seriam uma boa companhia para as férias da neve.

Valeu a pena? Valeu.
Valeu pelo presente e valeu pelo futuro. Mas do futuro falamos depois.

sexta-feira, novembro 25, 2011

...


Será apenas coincidência ou o meu pensamento formatou-se?
Em todas as músicas que ouço encontro a nossa história. Será possível??

quarta-feira, novembro 23, 2011

Sonhos

Sonhos
Caetano Veloso


Tudo era apenas uma brincadeira
E foi crescendo, crescendo, me absorvendo
E de repente eu me vi assim completamente seu
Vi a minha força amarrada no seu passo
Vi que sem você não há caminho, eu não me acho
Vi um grande amor gritar dentro de mim
Como eu sonhei um dia
Quando o meu mundo era mais mundo
E todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha
Mais pureza, mais carinho mais calma, mais alegria
No meu jeito de me dar

Por enquanto a letra desta música fica por aqui. Não gosto do final. :)

sexta-feira, novembro 18, 2011

quinta-feira, novembro 17, 2011

Amigos

Para algumas pessoas toda a sua vida, toda a sua felicidade começa e acaba no seu casamento e na sua casa. Para algumas pessoas, toda a sua vida, toda a sua realização está no trabalho, no almoço em casa da Mãe com as irmãs e sobrinhas, e na sua própria casa, onde um marido as espera, esperam essas pessoas, de braços abertos. Não pedem nem procuram mais nada.

Para outras a vida tem que ter mais alguma coisa. Alguma coisa para além da mulher e da casa, quase sempre vazia. A casa, mesmo quando não se tem filhos, tem de ter movimento, animação, entra-e-sai, desarrumação, nódoas no tapete, barulho. Para outros a vida só faz sentido se tiver amigos presentes. Aquela história de que os verdadeiros amigos estarão lá quando precisarmos não entra comigo. A amizade tem que se alimentar.

E agora eu, que sou do tipo de pessoa que precisa de amigos, ao ver-me durante tempo demais quase isolado, tomei a decisão de ir á procura deles. Acompanhado ou sozinho. E assim fiz. Para onde me convidam vou e não recuso nada que me pareça minimamente interessante. Recupero os antigos e procuro novos. Nunca se sabe de onde pode aparecer um amigo.

E foi dentro de tudo isto que apareceu a história do post anterior. Capiche?

quarta-feira, novembro 16, 2011

Onde eu me fui meter!!!!

Como se explica à nossa mulher, que fomos convidados para ir passar um fim-de-semana a casa de umas amigas, que ela não conhece de lado nenhum e de quem ela, à partida, já não gosta muito e desconfia das suas intenções. Como explicar, que mais uma vez, o facto de eu ser o único homem é pura coincidência? Como explicar que já disse que sim que ia? Digam lá, sou um homem com coragem não sou?

segunda-feira, novembro 14, 2011

Prometo que vou tentar andar mais atento


Ela: Enfim…mas vamos vivendo, uns dias melhor, outros nem por isso. Pelo menos desabafamos. A maioria que me aparecem aqui no fb só querem sexo ........... eu gosto mas............ não e isso que procuro aqui.
Eu: Eh, eh!
Ela: Tu ris-te mas é verdade. E contigo deve ser igual…
Eu: Não, pelo menos que eu desse conta.
Ela: Ai não, lindo como és! Devem ser montes, lol!
Eu: Eh, eh. Achas? Bem, se calhar tenho andado distraído.
Ela: Pois, deve ser isso.

Um post sobre nada, ou sobre tudo

Não tenho muitas coisas de que me possa orgulhar, mas orgulho-me muito do meu blogue. Ás vezes dou uma vista de olhos pelos textos antigos e acabo quase sempre surpreendido pelo que escrevi. Pela positiva. Revejo-me em quase tudo, o que é bom. Até hoje não me arrependi de nada que tivesse escrito, e nunca tive portanto, o impulso de apagar nada.

É certo que não tenho muitos leitores, ou seguidores, mas também não ando por aí a espalhar o meu link, não leio muitos blogues (porque também não tenho assim tanto tempo livre), e comento ainda menos. De qualquer forma não considero isso demasiado importante. Claro que gosto de ter algum feedback daquilo que escrevo, mas aquilo que me move é o desabafo, puro e simples, sem preconceitos ou medos de ofender ou magoar as pessoas que conheço. Por isso a minha nuvem flutua no ciberespaço mais ou menos incógnita, tentando não dar muito nas vistas, assim como eu próprio na minha atitude.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Para ter sempre presente

Quem morre?

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda

Dúvidas existênciais

Serei assim tão desinteressante? Sei que não sou uma pessoa cativante, pelo menos numa análise superficial, mas será que perco assim tanto p...