No agitadíssimo fim-de-semana passado, durante um almoço com alguns familiares, num simpático restaurante, veio cumprimentar-nos, uma amiga da família da minha mulher, de quem me disseram um dia, ser praticante de swing, motivo pelo qual passou a ser por mim idolatrada. Já lhe achava bastante piada. É uma moça, um pouco mais velha que eu, bonita, pequenina como eu gosto e muito arranjadinha, mas depois de me terem contado tal boato passei a fã incondicional. Embora não acreditando muito naquela história procuro todos e quaisquer sinais que confirmem o boato e alimentem uma fantasia que crio para mim, sem qualquer tipo de maldade.
Aproveito para dizer que em mim morreu o boato, porque não alimento esse tipo de especulações sobre a vida privada de outras pessoas, concorde ou não com o que fazem, acredite ou não neles. Falo disso aqui, apenas porque estou coberto pelo meu anonimato. Não deixo, no entanto, de me divertir, comigo mesmo, pesquisando sinais e imaginando situações.
Foi por isso que achei piada, que nesse almoço, a amiga em causa, que me esqueci de dizer atrás, fala pelos cotovelos, tenha mantido uma conversa com as pessoas da minha mesa, debruçada sobre mim (para estar mais perto do restante pessoal) falando com a boca tão próxima da minha, em posição perpendicular, que lhe senti a frescura do seu hálito, mas de uma forma tão clara e demorada que acho, toda a gente reparou, inclusivamente a minha mulher que, mais tarde, se riu de tudo aquilo.
Ainda por cima falava de uma queimadura no peito que só não mostrou porque tinha acabado de pintar as unhas e não queria sujar-se. Ainda pensei em oferecer-me para ajudá-la, mas… deixei-me ficar quietinho.
Eu, claro, delirava com aquilo tudo. Estava no céu, vivendo aqueles segundos muito devagarinho, saboreando a magia do momento. Terá sido um sinal?
Aproveito para dizer que em mim morreu o boato, porque não alimento esse tipo de especulações sobre a vida privada de outras pessoas, concorde ou não com o que fazem, acredite ou não neles. Falo disso aqui, apenas porque estou coberto pelo meu anonimato. Não deixo, no entanto, de me divertir, comigo mesmo, pesquisando sinais e imaginando situações.
Foi por isso que achei piada, que nesse almoço, a amiga em causa, que me esqueci de dizer atrás, fala pelos cotovelos, tenha mantido uma conversa com as pessoas da minha mesa, debruçada sobre mim (para estar mais perto do restante pessoal) falando com a boca tão próxima da minha, em posição perpendicular, que lhe senti a frescura do seu hálito, mas de uma forma tão clara e demorada que acho, toda a gente reparou, inclusivamente a minha mulher que, mais tarde, se riu de tudo aquilo.
Ainda por cima falava de uma queimadura no peito que só não mostrou porque tinha acabado de pintar as unhas e não queria sujar-se. Ainda pensei em oferecer-me para ajudá-la, mas… deixei-me ficar quietinho.
Eu, claro, delirava com aquilo tudo. Estava no céu, vivendo aqueles segundos muito devagarinho, saboreando a magia do momento. Terá sido um sinal?