O vento vai me levando nesta minha nuvem que eu tento manobrar. Daqui vejo o mundo e o que me marca escrevo, por sentir que apenas a escrita, ouve e compreende os meus desabafos. Mas nem tudo o que vejo é real. Muitas vezes são apenas delírios da imaginação ou simplesmente, sonhos.
É o meu desejo muito sincero, a todos aqueles que vêm a este blogue e que, quer queiram quer não, se tornaram meus amigos, ao mesmo tempo de uma forma estranha mas muito ESPECIAL.
Agradeço ao acaso da blogesfera, a sorte de me ter colocado no vosso caminho. :))
...recuperei a alegria de pensar nos outros só porque sim. Recuperei a alegria de comprar prendas (por mais insignificantes que sejam em valor) porque quero ver a cara de felicidade deles. Este vai voltar a ser um bom Natal. :)
Foi com enorme satisfação e alívio que na sexta-feira passada dei por terminada a minha 2ª Pós-graduação em Sistemas de Informação Geográfica. Informo também que, desta vez, a minha promessa não será quebrada. Nunca mais me apanham a estudar na escola!!! :))
Para quem teve tanto orgulho quando, há 22 anos acabou o Curso Técnico-profissional, para quem um Bacharelato concluído há 18 anos já era um sonho realizado, somar, entretanto, uma licenciatura e e duas pós-graduações (mesmo que na mesma escola e no mesmo tema) é um feito enorme!! :)))
Parto agora para o verdadeiro Mestrado. VIVER!!!!!!!!!!!!!!!
Um
dos meus grandes defeitos é a minha quase total incapacidade para dizer não. Quando prevejo que vou ter que dizer não, dou uma volta de todo o tamanho
para não ser sequer obrigado a ter que dizer sim ou não.
O
fim do meu casamento foi assim. Certo ou errado, fiz tudo de maneira para que a
minha decisão não fosse questionada. Para que ninguém viesse dizer que podia
haver mais uma tentativa, mais uma oportunidade. Consegui, mas deixei, em algumas
pessoas, anticorpos praticamente irreparáveis.
Agora
com o meu mestrado, tentei fazer o mesmo mas, falhei! Enviei um mail para a
escola a fazer um pedido praticamente impossível de ser correspondido. Seria o
meu encerrar de assunto quase perfeito. Mas não,… de lá, veio, não uma
aceitação total, mas sim uma alternativa, à qual me é quase impossível dizer
que não. Cheguei então ao meu dilema…
Este
blogue tem andado demasiado parado. Não gosto…
Mas
escrever o quê?
Será
que toda a minha inspiração estava na inquietação do meu casamento falhado? Será,
que o facto de hoje, ser um bocadinho menos anónimo, para algumas das pessoas
que me visitam, me deixa um pouco inibido, calado? Será
que o facto de ser agora um homem “solteiro”, me impede de revelar as minhas
aventuras e desventuras, neste mundo louco dos divorciados?
"Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.
Amyr Klink
Pensamento sábio. E eu? Onde fico no meio disto tudo?
“Carlos Maria sorriu e olhou para as borlas caídas do cordão de seda que ela trazia à cintura, atado por um laço frouxo; ou para ver as borlas ou, para notar a gentileza do corpo. Viu bem, ainda mais uma vez, que a prima era uma bela criatura. A plástica levou-lhe os olhos, o respeito os desviou; mas não foi só a amizade que o fez demorar ainda ali e o trouxe novamente àquela casa. Carlos Maria amava a conversação das mulheres, tanto quanto, em geral, aborrecia a dos homens. Achava os homens declamadores, grosseiros, cansativos, pesados, frívolos, chulos, triviais. As mulheres, ao contrário, não eram grosseiras, nem declamadoras nem pesadas. A vaidade nelas ficava bem, e alguns defeitos não lhes iam mal; tinham, ao demais, a graça e a meiguice do sexo. “Das mais insignificantes”, pensava ele, “há sempre alguma coisa a extrair”. Quando as achava insípidas ou estúpidas, tinha para si que eram homens mal-acabados.”
Quincas Borba – Machado de Assis
Eu quase poderia ter escrito isto.
(Que bom que é poder "espetar" nas paredes tudo aquilo que me apetece!!)
Oi, coração Não dá pra falar muito não Espera passar o avião Assim que o inverno passar Eu acho que vou te buscar Aqui tá fazendo calor Deu pane no ventilador Já tem fliperama em Macau Tomei a costeira em Belém do Pará Puseram uma usina no mar Talvez fique ruim pra pescar Meu amor
No Tocantins O chefe dos parintintins Vidrou na minha calça Lee Eu vi uns patins pra você Eu vi um Brasil na tevê Capaz de cair um toró Estou me sentindo tão só Oh, tenha dó de mim Pintou uma chance legal Um lance lá na capital Nem tem que ter ginasial Meu amor
No Tabariz O som é que nem os Bee Gees Dancei com uma dona infeliz Que tem um tufão nos quadris Tem um japonês trás de mim Eu vou dar um pulo em Manaus Aqui tá quarenta e dois graus O sol nunca mais vai se pôr Eu tenho saudades da nossa canção Saudades de roça e sertão Bom mesmo é ter um caminhão Meu amor
Baby, bye bye Abraços na mãe e no pai Eu acho que vou desligar As fichas já vão terminar Eu vou me mandar de trenó Pra Rua do Sol, Maceió Peguei uma doença em Ilhéus Mas já tô quase bom Em março vou pro Ceará Com a benção do meu orixá Eu acho bauxita por lá Meu amor
Bye bye, Brasil A última ficha caiu Eu penso em vocês night and day Explica que tá tudo okay Eu só ando dentro da lei Eu quero voltar, podes crer Eu vi um Brasil na tevê Peguei uma doença em Belém Agora já tá tudo bem Mas a ligação tá no fim Tem um japonês trás de mim Aquela aquarela mudou Na estrada peguei uma cor Capaz de cair um toró Estou me sentindo um jiló Eu tenho tesão é no mar Assim que o inverno passar Bateu uma saudade de ti Tô a fim de encarar um siri Com a benção de Nosso Senhor O sol nunca mais vai se pôr
Comecei por me inscrever no mestrado, apenas para fazer companhia à minha mulher que se inscreveu também num. Já tinha feito uma pós-graduação e tinha noção que as 3 cadeiras que tinha para fazer e que me dariam equivalência ao mestrado, não iriam acrescentar muito conhecimento ao que tinha garantido anteriormente com a pós-graduação, mas fi-las sem grande problema. O problema estava (e está) no trabalho final. Demorei a escolher o tema, divorciei-me e atravessei um ano de seca, o que na minha actividade profissional tem influência em termos de desgaste e tempo livre, e o trabalho ficou-se pela escolha do tema e pela aceitação por parte da escola. Um ano de propinas voou!
Entretanto, há uma angústia que me consome – fazer ou não fazer o trabalho, concluir ou não o mestrado. Por isso, e porque já me ligaram da escola a perguntar se eu não ia acabar o trabalho (estão a precisar de dinheiro), preciso tomar uma decisão. Mais uma vez, escrever ajuda. A vossa opinião, se for de acordo com a minha também vai ajudar. :)
Em termos profissionais, e tanto quanto perspectivo para o meu futuro, ter um mestrado concluído, adianta tanto como ter uma pós-graduação, isto é, nada. Em termos pessoais representa quase 1000 euros de propinas no bolso (um bilhete de avião de ida e volta para o Brasil) e muito tempo livre para fazer aquilo que realmente gosto e sem stresses. A quinta, os livros, a música, viajar, passar tempo com a família e amigos, enfim… viver!
Também tem aspectos negativos. Não gosto de deixar coisas por fazer. Causa-me alguma frustração. Por isso estou a tentar olhar para a balança, tentar perceber se a vida é longa ou curta, para tomar uma decisão definitiva. É essa a minha urgência.
Uma das minhas viagens de sonho era conhecer Manaus. Não sei
explicar bem porquê, mas há qualquer coisa naquela cidade que me atrai. Talvez
as imagens que eu tenho gravadas de uma arquitectura colonialista, ou talvez por
que acho que me identifico com as pessoas que não se ficaram pelas cidades do
litoral e que foram Brasil dentro, porque, simplesmente, não conseguiam resistir
ao apelo de ver o que estava para lá de mais uma curva de rio. Eu também não resistiria.
Mas sei, que um dia vi um programa desses da BBC Vida Selvagem,
em que o apresentador viajava rio acima, num daqueles barcos que fazem a
ligação entre as várias cidades ao longo do rio e nos quais os passageiros são,
(ou eram, tanto quanto deu para perceber) na sua essência e na sua natureza, do
mais puro possível. Num ambiente nada turístico, cada um leva a sua rede e aí dormem tranquilamente. Aquela
pureza e aquela tranquilidade que as imagens me transmitiram, deixou-me uma
vontade imensa de também eu viajar assim até Manaus.
Não sei se algum dia realizarei este sonho, mas uma coisa
sei, é que para mim, as viagens começam logo no momento em que começo a
prepará-la e à medida que o sonho vai tomando forma de realidade, e enquanto preparo
e não preparo, viajo. De uma forma diferente, mas viajo.
Alguém mais se quer juntar a mim neste sonho, projecto de
viagem?
Conheci esta música, e muitas outras espanholas, no ano em que vim para Castelo Branco. A proximidade com Espanha permitiu-me ouvir rádios do lado de lá da fronteira e descobri aí estações muito diferentes das que por cá, na altura, se ouviam.
Adorei estes "Mecano", mas numa era, que parece tão distante, sem net, youtube e afins, acabei por perdê-los do ouvido. Já os tinha recuperado de ouvido (ou mp3) mas só agora me lembrei de procurar no youtube para ver o video desta música que sempre me intrigou.
Vi a letra e confirmei do que falava. Independentemente da letra, acho esta música uma das mais românticas, profundas e sensuais de sempre.
Se há uma coisa que revela bem a forma como a minha vida mudou, pelo menos a nível social, foi o facto de na minha anterior casa, a garrafeira da dispensa estar na prateleira mais alta, quase inacessível e nesta minha nova casa, já ter tido de a baixar um andar, por estar farto de carregar, subir e descer o escadote.
A minha casa agora tem um toldo na varanda, a fazer lembrar as barracas da Praia de Mira, onde passei férias durante a minha infância e uma ventoinha de tecto, a fazer lembrar os destinos quentes que já visitei e os que ainda vou querer visitar.
Se me perguntarem se penso na hipótese de voltar atrás na minha decisão, respondo que não. Não me passa pela cabeça. No entanto, como antigamente pensava, como seria a minha vida se tomasse a decisão que tomei, agora, penso muita vez como seria se ainda estivesse casado.
E querem saber? Sinto-me aliviado. Estou a gostar muito da minha nova vida. :)
Eu sei que até parece que já fui e há muito, mas não. Só agora vou...
Mas volto numa semana, que isto por aqui não está para grandes festas. A minha separação não me deixou muito espaço de manobra e o FMI ainda por cima insiste em empurrar um pouquito mais. Enfim...
Separei-me, faz
agora 6 meses. Durante muito tempo corri em frente sem olhar para trás, mas
agora acho que está na altura de, um pouco mais a frio, analisar tudo o que se
passou, não só nestes 6 meses como nos meses, e até anos, antes da separação.
Não seria capaz de
resumir tudo aqui num simples post, mas tenho-o feito mentalmente. Aqui, vou
deixando fragmentos.
Hoje digo apenas
que não me arrependi de nada, apenas talvez da forma desajeitada como fiz (mas
haverá alguma forma com jeito para o fazer?), e que me sinto feliz porque sinto
que percorro um caminho bonito e acredito que a cada passo que dou, a paisagem
é cada vez mais fascinante. Não digo que chego a lado nenhum porque não é esse
o objectivo. O objectivo é mesmo percorrer o Mundo, abrir bem os olhos e beber
a vida. Posso parar aqui e ali por uns instantes, mas quero seguir sempre em
frente. Quero viver!
Desde há uns tempos para cá, voltei a lembrar-me dos sonhos. Não me perguntem se isso é bom ou mau, que eu também não sei, o certo é que me lembro. E esta noite lembrei-me de um meio estranho, daqueles que nos deixam inquietos.
Encontrei num local, meio aeroporto, meio estação de metro, meio centro comercial, uma amiga do facebook, daquelas que não conheço de lado algum. Em tempos, ela pediu-me amizade, eu aceitei por termos dois amigos comuns mas mandei-lhe uma mensagem a pedir desculpa por não me lembrar de a conhecer e a censurar-me por esquecer uma pessoa como ela. Ela respondeu-me que me tinha enviado o pedido sem querer e que se eu quisesse a podia apagar, ao que eu respondi que não, não a apagava porque não era capaz. Ela deixou-me também ficar. "O que está feito, feito está", escreveu. O certo é que ela é bonitinha e simpática e eu gosto de a ir vendo por aqui no meu "fb".
E claro, é sempre bem vinda aos meus sonhos, mesmo que quase sem conversa, lhe tenha dado apenas um beijo e mesmo que no sonho tenha estado com ela apenas 2 ou 3 minutos a memória desse encontro tenha durado horas.
São 11 horas da noite e ainda estão 32 graus aqui na minha terra, depois de 39 durante o dia. E eu andei debaixo desses 39, 40 graus. Um dia cheio, com uma compra de uma ventoinha pelo meio. Recessão, é isto mesmo. Acabaram-se os aparelhos de ar condicionado e voltam as ventoinhas. :)
A minha ex-mulher, que sempre disse para eu levar o que quisesse, recusou-me um dos dois aparelhos que tínhamos, enfim...
Já agora, aqui no meu magnífico prédio, vive muita gente, penso eu, em 36 T1's. Jovens estudantes, casais novos, brasileiros e pelo menos um divorciado. A minha vizinha de baixo, que não conheço, nunca vi e não faço a mais pequena ideia de quem seja, tem um hábito no mínimo estranho. No estendal da roupa, onde frequentemente estende a roupa, mantêm-se durante longos períodos, uma cuequinha fio-dental vermelha. Entram outras cuecas fio-dental, saem as mesmas cuecas, mas a vermelhinha mantém-se. Entram lençóis, roupa variada, saem os lençóis, sai tudo , mas a cuequita vermelha fica.
E quem vai andando por aqui já há algum tempo, sabe que o calor e o sol na cabeça tem esse efeito em mim. De repente começo a reparar em coisas estranhas. O meu cérebro encolhe e só a parte parva se mantém activa. E essa parte parva activa é imaginativa, mas pouco sensata, pelo que peço a vossa opinião.
Que poderá significar uma cueca fio-dental, pendurada num estendal de um 7º andar?
Para mim é um sinal para o exterior. Só ainda não descobri o que significa esse sinal....
Anteontem fui ao Cineteatro aqui da cidade ver, pela segunda vez nesta sala, a Stacey Kent, cantora de quem gosto bastante.
Já tinha comprado o meu bilhete há uma semana e escolhi um lugar, numa das duas filas para onde costumo ir sempre. Fui sozinho. Entrei na sala, mesmo em cima da hora de início do espectáculo (embora isso não signifique que essa hora coincida com o começo real do concerto), e dirigi-me para a minha fila. De repente, abro muito olhos e vejo, sentada na minha fila, no lugar mesmo ao lado do meu, a minha ex-mulher. 15 anos de casamento dá bem para reconhecer uma pessoa sentada e de costas. Quase que fiquei em pânico, e perante isso, desacelerei o passo e pensei:
a) Fogo, que se lixe a Stacey, eu vou é embora ouvir o disco em casa;
b) Fogo, vou fazer de conta que me enganei e vou sentar-me noutro lugar qualquer;
c) Mas eu sou um homem ou sou um bicho??!! 1, 2, 3, aí vou eu para o meu lugar. Com licença,...
Fiquem a pensar durante o fim-de-semana e vão dando os vossos palpites. Eu depois conto o que aconteceu. :))
Pouco tempo antes de me separar, e sem sequer estar a pensar nisso, partilhei este cartoon no meu facebook. Depois, no dia em que tive A conversa com a minha mulher, ela perguntou-me se ia à procura de ser escandalosamente feliz e desde então, sempre que nos encontramos pergunta: "Então, já és escandalosamente feliz?". Eu fico sempre sem resposta, até porque sei que ela não quer saber. Não passa de uma provocação.
Mas o que eu entretanto descobri, é que, escandalosa, é a felicidade que sinto, no caminho que vou percorrendo enquanto a procuro . Entendem? :) Quantas vezes olhamos para trás e descobrimos que, lutámos tanto por um objectivo, que supostamente seria a nossa realização, e afinal, realizados e felizes, fomos enquanto lutámos por esse objectivo...
Se há coisa que me deixa
perdido numa relação, por melhor que ela esteja a ser em todos os aspectos é a
pressão. A pressão que é exercida sobre mim. Já aqui disse. Sou do tipo espontâneo.
Não gosto do “tens que ligar”, “tens que falar”, “tens que dizer”, “tens que
fazer”. Fico piurso e bloqueio e isso resulta que já nem espontâneo consigo
ser. E os meus bloqueios, normalmente arruínam qualquer relação. Mas estou a
tentar dar a volta à situação. Continuo a achar que há muita coisa que vale a pena.
Há muita coisa que merece que eu lute por ela. Um passo de cada vez.
Outro problema é que eu não sei entrar numa relação a meio termo. Isto é, não sou capaz de não me envolver, envolver pouco ou envolver a meio termo. Quando
o faço, faço de corpo e alma e entrego-me totalmente. E toda a gente sabe como
no início todas as relações parecem perfeitas, não é? E todos devíamos saber
que quando não o são, rapidamente nos apercebemos disso, e quando essa percepção acontece, vemos que talvez já tenhamos avançado demais e que os danos de uma ruptura vão ser já
dolorosos. Já passei por essa situação nos dois lados da coisa e sei por isso que não é nada bom. Mesmo nada bom...
Separei-me em Janeiro e um mês depois, já estava de novo metido noutra
relação. Não sei como fiz, mas nem sequer estava nos meus planos. O meu
objectivo passava por ter tempo de me fartar de estar sozinho, para depois
entrar noutra relação com MUUUUITA vontade. Mas a vida nem sempre segue o caminho mais racional, não é?
Uma das coisas que reconheço, foi uma das que ajudou a ruir o meu casamento, foi o facto de eu nunca ter dito ou pedido aquilo que me fazia falta na relação. Sempre achei que o que me davam e o que eu dava tinha que ser natural e só o natural seria verdadeiro, por ser sentido. Acabei a jurar que numa próxima relação não cometeria o mesmo erro, mas quem mais jura mais mente...
Agora que a minha vida se vai recompondo, dei por mim na situação inversa. Alguém que me pede modos de agir e quase os exige. E não sei se é pelo meu feitio, a verdade é que para mim a coisa não funciona, aliás quase funciona como repelente (se calhar tenho mesmo mau feitio), e acabo a achar que se calhar fiz bem no meu casamento.
Agora vejamos um pequeno exemplo. Se alguém me telefona e começa a conversa com um desabafo de "puxa! Sou sempre eu que tenho que ligar!!", está a pressionar-me. E eu daqui tenho duas opções, ou não ligo ao que me diz e continuo a ligar só quando acho que tenho alguma coisa para dizer, ou então começo a ligar às horas pré-estabelecidas e a ser um bocado "seco" quando me sinto a ligar por obrigação e no fim, como recompensa, acabo a receber um comentário pouco abonatório em relação ao meu estado de espírito.
Assim, deito a jura pela janela fora, e para além de continuar a não pressionar não me vou deixar pressionar, porque acima de tudo, numa relação, seja ela de que tipo for, a única coisa que exijo é verdade e espontaneidade.
Mais uma vez neste blogue, a Banda Mais Bonita da Cidade, só para dizer que ando ausente mas bem e feliz e que continuo a sentir necessidade de ter este meu cantinho e de vos sentir por perto.
"Se você dormiu bem se você comeu bem se você quer o bem de uma boa pessoa"
E ninguém pense que é fácil. Mesmo quando parte de nós, mesmo quando já não estamos lá há muito tempo, até mesmo quando já estamos noutra. Foram 15 anos e mesmo que tudo tenha ido embora, que se tenham dito e escrito muitas parvoeiras nos últimos tempos, ainda resta alguma amizade e carinho. Ainda dói muito vê-la sofrer...
Eu sei que não tenho dado muita atenção a este meu cantinho, mas podem ficar descansados que isso só significa que ando bem e ocupado. A minha casa está pronta e o que falta é aquela parte que faz de uma casa, uma casa com vida, isto é, actualizações.
Ainda ando às voltas com o fim do meu casamento, que a minha ex-mulher tenta, à custa de agressões escritas em mails, dificultar e que eu tento arduamente ignorar, certo que o sofrimento que a fiz passar, já foi suficiente embora também consciente que não merecia certas coisas, mas enfim,...tenho dito, consciência tranquila é quanto basta, mas nem sempre basta.
Entretanto continuo a ser apanhado pela vida, em vez de, como planeara, ser eu a apanhar a minha própria vida. Mas ou eu sou lento demais ou a vida demasiado rápida e zás, já estou enrolado outra vez. Mas disso falarei mais tarde. Por enquanto aqui fica parte do meu aconchego. :)
Cabelos compridos e rebeldes para os afagar e esperar que soltos, me percorram as costas;
Compridos sim, rebeldes nem por isso, mas em certas ocasiões ficam e sim, já andaram pelas minhas costas.:)
Alças e ombros à mostra para pegar nas mãos, correr os braços nus, passar nos ombros e envolver o pescoço atrás das orelhas;
Bem, agora está frio, mas pelas fotos que já vi, é bem provável que haja lá por casa umas alças que deixem os ombros à mostra. De qualquer forma já tive os braços nús, já passei a minha mão pelos ombros e envolvi o pescoço atrás das orelhas. :)
Decote generoso e cheio, com um colar pendente para traçar a linha do desejo, para percorrer com a ponta dos dedos;
É que tem estado mesmo muito frio... Nada dado a grandes decotes, mas depois conto. :)
Mãos com pulseiras e unhas pintadas de cor, porque ser feminina é isso mesmo. É cor, é enfeite, é magia;
Muita magia feminina. Gosto muito. :)
Vestido de tecido ao mesmo tempo leve, mas pesado o suficiente para marcar as curvas do corpo em movimento, só para poder adivinhar primeiro, tocar depois e levantar por fim, porque nada é para fazer depressa de mais.
Sim, vestidos sim, mas por enquanto ainda com muita roupa por cima e por baixo,...nunca mais chega o verão. :)
Tatuagem no fundinho das costas, para ter também um pretexto para ficar a olhar para uma das curvas mais sensuais da natureza;
Tatuagem não há, mas o resto sim. Curvas bonitas e inebriantes...
Rabo redondo em forma da lua, porque sim;
O que será isso de um rabo em forma de lua?? Mas sim, é redondo e bonito. Eu gosto. :)
Sandálias de salto nuns pés pequenos e de unhas pintadas que caibam nas palmas das mãos;
As sandálias vão chegar com o verão e os pés já estiveram nas palmas das minhas mãos...:)
Virei os ponteiros e agora estou virado para aqui:
"(...)Um amor tão puro que ainda nem sabe A força que tem(...) Te adoro em tudo, tudo, tudo Quero mais que tudo, tudo, tudo Te amar sem limites Viver uma grande história
Aqui ou noutro lugar Que pode ser feio ou bonito Se nós estivermos juntos Haverá um céu azul(...)"
Cabelos compridos e rebeldes para os afagar e esperar que soltos, me percorram as costas;
Alças e ombros à mostra para pegar nas mãos, correr os braços nus, passar nos ombros e envolver o pescoço atrás das orelhas;
Decote generoso e cheio, com um colar pendente para traçar a linha do desejo, para percorrer com a ponta dos dedos;
Mãos com pulseiras e unhas pintadas de cor, porque ser feminina é isso mesmo. É cor, é enfeite, é magia;
Vestido de tecido ao mesmo tempo leve, mas pesado o suficiente para marcar as curvas do corpo em movimento, só para poder adivinhar primeiro, tocar depois e levantar por fim, porque nada é para fazer depressa de mais;
Tatuagem no fundinho das costas, para ter também um pretexto para ficar a olhar para uma das curvas mais sensuais da natureza;
Rabo redondo em forma da lua, porque sim;
Sandálias de salto nuns pés pequenos e de unhas pintadas que caibam nas palmas das mãos.
Mentiroso, pouco honesto, sem vontade própria, cobarde, desistente, … Será isto tudo amor?
Desde que me separei tenho tido mimos de duas mulheres. A mulher com quem vivi e estive casado 15 anos e a mulher que precipitou a minha, já decidida, separação.
Com tanta sorte ou azar, fiquei sem as duas na mesma altura. Uma por vontade própria e outra pela própria vontade dela. A história podia acabar por aqui que já era suficientemente trágica.
Mas não. Insistem em fazer-me a vida negra atirando-me à cara algumas supostas verdades. A uma tive de “pedir” para me mandar os insultos a outra limitou-se a escolher o meu aniversário para me oferecer uma colecção de textos em minha homenagem. Se mesmo o mais seguro dos homens tremeria perante este ataque, imaginem-me a mim.
Eu, que por ser honesto comigo e com os outros e não gostar de mentiras, acabei com um casamento de 15 anos, por vontade própria, enfrentando sozinho e de “caras” a minha vida pela qual não desisti antes, não desisto agora e nem nunca desistirei. Não sou perfeito nem ambiciono tal coisa, apenas peço alguma compreensão e acima de tudo respeito pela minha maneira de ser, como eu respeito a maneira ser de cada um.
Da primeira vez que fui ao Brasil, fui a Porto Seguro, na Bahia. As primeiras impressões ficaram registadas neste texto.
Num dos dias em que estávamos na Praia da Coroa Vermelha, apareceram-nos umas crianças
Pataxós a vender artesanato. Como sempre, metemos conversa, tentando saber tudo quanto podíamos, tal era a sede de partilha. Simpatizámos com eles e eles connosco, de tal forma que acabaram por nos avisar que haveria uma festa de casamento na tribo deles e que nós poderíamos ir. E nós fomos, claro!
Até hoje ficámos na dúvida se aquilo seria uma montagem para turista ou se de facto era um casamento mesmo a sério. O facto é que até hoje continuámos na dúvida, pelo que, se tiver sido montagem, foi muito bem feita. Comemos e bebemos com eles coisas exóticas e muito boas e a certa altura, no fim de um ritual do casamento, fomos convidados para outro ritual, mais privado, de baptismo Pataxó. O único homem que conseguiu ser arrastado fui eu, mas fui arrastado mesmo. O ritual foi interessante, recatado e intenso, de tal forma que muitas das pessoas choraram durante a cerimónia. Estávamos todos em roda (10, 12 pessoas), quase sempre de mãos dadas, e no final foi-nos dado um nome índio. O meu, eu já não me consigo lembrar, só me lembro que era o nome de uma madeira muito dura, porque o cacique dizia que eu era “duro na queda”. Talvez o facto de eu quase nunca fechar completamente os olhos, quando ele mandava, tenha tido alguma influência. mas o nome perdei-o. Alguém sabe o nome índio de uma madeira Brasileira dura?
Nas arrumações encontrei um velho cartão com o significado e a descrição da personalidade das pessoas com o meu nome. É claro que não posso acreditar que somos todos iguais, consoante o nome que temos, mas por coincidência esta descrição não anda muito longe.
Vem do Latim "Didacu" que significa doutrina.
É sonhador, procura experiências e aventuras, adaptando-se bastante bem às novas situações, e não gosta de se envolver demasiado.
É inteligente e intuitivo, falta-lhe é um pouco de confiança em si próprio, o que lhe traz certos dissabores.
Não gosto daqueles filmes em que não se percebe o fim, ou porque o realizador faz de propósito ou porque somos nós que não alcançamos a mensagem. De qualquer forma nessas coisas sou muito terra-a-terra. Gosto de finais bem marcados e definidos. Na vida real também. Não gosto de não entender um final assim como não gosto de não ter explicações. Há sempre um motivo, por mais estranho que possa ser. E é esse motivo que quero encontrar, para o súbito afastamento da princesa feiticeira. Evito perguntar para não ouvir o que não quero, mas vou ter de o fazer. Eu quero ter o meu final.
Por mais que uma vez me disseste que não querias mais sofrer. Que não querias mais sair magoada de uma relação. Acredita, eu também não. Mas depois de tudo o que me disseste, da paixão, da ansiedade que não te deixava dormir nem comer, da pressa em estarmos juntos, fizeste-me acreditar. E fizeste-me acreditar de tal forma que rapidamente também eu estava apaixonado. Também eu sentia por ti tudo aquilo que dizias sentir por mim. Foi por isso que quando de um momento para o outro te afastaste, quem ficou a sofrer fui eu. Sem perceber bem o que se tinha passado, imaginei várias hipóteses para esse afastamento e sempre querendo acreditar naquelas que no fim te traziam de volta para mim.
Mas agora que este tempo todo passou, que o furacão passou por mim, que já só resta uma brisa, fria, mas mesmo assim apenas uma brisa, começo a duvidar de tudo e sinto que afinal fui apenas um brinquedo “novo” nas tuas mãos. Quem ficou magoado no fim, afinal fui eu…
Mas quero que saibas, que no entanto acabaste por me ajudar, ao impulsionar a minha vida. Quer queiras quer não, é tua a responsabilidade do momento da minha separação e isso posso te agradecer com sinceridade.
Eu ainda vou ser muito feliz. Posso não saber como nem quando, mas vou.
Continuo sem panelas, mas continuo sem dar por falta delas.
Os móveis sim. Já lá estão todos. Antigos, herdados, todos com história, mesmo como gosto. Os enfeites chegam depois, quando os móveis estiverem todos no lugar. Por enquanto ainda andam quase todos espalhados pelo meio do t1 à procura do seu canto.
"Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho? Vivo tranqüilo, a liberdade é quem me faz carinho."
No novo tempo, apesar dos castigos Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer No novo tempo, apesar dos perigos Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver Pra que nossa esperança seja mais que a vingança Seja sempre um caminho que se deixa de herança No novo tempo, apesar dos castigos De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer No novo tempo, apesar dos perigos De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver No novo tempo, apesar dos castigos Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer No novo tempo, apesar dos perigos A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça
...Ainda assim perdi metade da minha colecção de cd's e dvd' musicais. Foram dois dias a encaixotar. E só trouxe o que era mesmo meu, tudo o que recebi de herança dos meus Pais. O resto, comprado a meias, deixei por lá. Felizmente tenho onde descarregar metade da trouxa, caso contrário eu próprio não entraria no meu espaçoso t1. :)
Mais um passo dado. E dos difíceis. Agora o próximo é a mudança a 4 tempos ( 2 sítios onde carregar e outros 2 onde descarregar).
Bem, já passou uma semana desde que sai de casa e entrei na nova. Continuo meio acampado, mas pelo menos já tenho as partes principais do T1 limpas. Melhor, desinfectadas. :) A minha mobília é um colchão no chão. A cozinha tem todo o equipamento necessário, fogão, forno, frigorífico, micro-ondas e máquina de lavar a roupa. Panelas é que não tem nenhuma e ainda não comprei. Mas também até agora não dei pela falta desse tipo de apetrechos. Já tenho net.
Sinto que nos últimos meses um furacão passou por mim e que teve o seu momento de maior intensidade durante todo o mês de Dezembro e a primeira semana de Janeiro. Começou numa leve brisa, até virar o meu mundo do avesso. Agora ficou um vento ainda desconfortável e espero ansiosamente pela brisa calma de ventos do sul. Amenos ou mesmo quentes.
Não vale a pena esconder. Há muito tempo que pensava em tomar esta atitude, mas é óbvio para quem aqui vem e lê, que tive um empurrãozinho. A tal princesa, feiticeira tornou-se numa mulher banal. Depois de me ter prometido, pedido e jurado mundos e fundos depois de me dizer que não podia passar sem mim, de um dia para o outro, mudou completamente. Esfriou, inventou uma fraca desculpa mas não desapareceu (preferia que sim, que tivesse desaparecido). Mantém-me em banho-maria, mas só. A intensidade, a pressa a loucura daqueles dias de Dezembro esfumou-se. Todos os dias me diz bom dia, mas não diz mais, ou então diz, mas pouco mais.
Entretanto sigo em frente, com os planos ligeiramente alterados, mas com a mesma determinação, embora mais só. A maior distância de um futuro mais feliz, mas com esperança que ele chegará.
Falta-me agora uma parte difícil. Passar um fim-de-semana em casa a arrumar as minhas coisas para a mudança.